• Matéria: Português
  • Autor: juliana104859
  • Perguntado 7 anos atrás

como surgiu cooperifa?​

Respostas

respondido por: cristianalvessantos2
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Que a arte pode transformar vidas todo mundo já sabe. Se vier acompanhada por alguém que dê uma boa orientação e um incentivo, melhor ainda, principalmente quando se trata de uma população carente. Seja por meio da arte, do esporte ou da educação formal, é mais do que necessário oferecer uma atividade que ocupe a mente, especialmente de crianças e jovens, para se manter distante da violência dos grandes centros urbanos, como São Paulo. Foi por esse motivo que surgiu o Sarau da Cooperifa. É literatura que transforma indivíduos, em pessoas mais felizes e de caráter há 15 anos.

O começo e a transformação

Conhecido por estampar manchetes de violência e tráfico de drogas, o bairro do Capão Redondo é considerados um dos mais perigosos e pobres da capital. O que há muitos anos era pura mata, se tornou em um local de facilidade para a compra de terrenos e a construção de pequenos imóveis. A periferia foi se formando e, aos poucos, infelizmente, foi tomada pelo tráfico e hoje gera medo e incerteza a muitos que não tem outra opção de moradia. Entretanto, a luz é sempre encontrada por quem deseja uma vida melhor. Em um barzinho como outro qualquer, alguém teve a ideia de criar uma biblioteca. Aos poucos, o lugar e a vida das pessoas foram se transformando.

Surgiu o Sarau da Cooperifa. O tradicional Bar do Zé Batidão virou ponto de cultura e encontro dos moradores da comunidade. Toda semana, dezenas de pessoas comparecem ao local. Seja para ler livros e compartilhar as melhores experiência literárias, foi montado um sarau que há 15 anos oferece espaço para que os moradores expressem suas ideias, medos e sonhos. Além disso, evento tem revelado grandes talentos. Levar conhecimento cultural para a população sempre foi o principal objetivo, pois ajuda na formação dos mais novos e traz tranquilidade e divertimento aos mais velhos. É a literatura que transforma vidas e une famílias e amigos.

Quem quiser pode se apresentar. Não é necessário ser morador do Capão Redondo para participar. Há apenas duas regras: o limite da poesia, que não pode durar muito tempo em respeito aos demais que querem se apresentar, e todas o público precisa se manter em silêncio para escutar e aplaudir ao final.

Inspiração

Não para por aí. O local existe durante todo esse tempo de forma independente, sem o incentivo de qualquer órgão ou empresa, sobrevivendo apenas para preservar a felicidade e distração das pessoas que tomaram gosto pela literatura. Além disso, o projeto serviu de inspiração para outras comunidades, como o Sarau de Paraisópolis e na Brasilândia, o Sarau da Brasa, que também merecem o reconhecimento pelo trabalho feito.

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