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Segundo a autora, Kant compartilha uma concepção racionalista de estética, na qual a beleza é definida como um estágio anterior e incompleto, que prepara a ordem racional do conhecimento discursivo. Ele critica a razão pura. A autora discorre que, para Kant, ao invés de haver uma hierarquia entre sensibilidade e razão \u2014 como pensavam seus predecessores \u2014, a experiência estética subjetiva não está submetida, determinada ou tem por finalidade o conhecimento e a razão prática. Kant preocupa-se em fazer uma análise formal do juízo estético, isto é, ele analisa a possibilidade de estabelecermos um juízo objetivo e universal sobre o belo. A grande inovação de Kant, segundo a autora, é enxergar na imaginação a fundamentação e a possibilidade de estabelecermos juízos estéticos sobre as coisas. Deste modo, segundo Rosenfield, é o juízo reflexionante, isto é, a capacidade de estabelecer finalidade às coisas, através da reflexão, que nos permite estabelecer juízos estéticos. Isso significa que não há um conceito de belo, ou seja, não há um parâmetro conceitual pelo qual os objetos se encaixariam logicamente como belos, cujos juízos fossem determinados pelo entendimento. Para Kant, é justamente por não haver um conceito de belo que precisamos usar a reflexão para subjetivamente conferirmos beleza às coisas. O juízo estético manifesta-se através da coincidência imediata entre o juízo e o sentimento, entre o dizer \u201cé belo\u201d e o prazer pelo belo.