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1- Maquiavel foi importante para a Ciência Política por ter promovido a separação entre a política e a religião (secularizando as práticas políticas de modo que não era mais requisito uma pessoa ser "virtuosa" para se tornar política) além de ter rompido com a tradição greco-romana de fazer política voltada para a contemplação ou ainda, para um ideal de governo que não era condizente com a realidade de seu tempo (Por isso que Maquiavel procurou a verdade efetiva das coisas) em uma defesa ao realismo político de forma radical (a política como ela é, e não como deveria ser)
2- A Virtù nada mais era do que a capacidade e a habilidade do governante em contornar as situações de crise e criar condições favoráveis para a sua manutenção no Poder, ou seja, o governante ao ser habilidoso e ágil nas suas decisões e formações de alianças políticas de modo que ele permanecesse no poder, para Maquiavel, esse governante era "virtuoso".
Já a Fortuna é o acaso, a sorte ou algo que o governante deve evitar se deseja tanto chegar ao Poder quanto se manter nele, mas se as circunstâncias lhe couberem ser favoráveis, ele deve "se aproveitar" da sorte para alcançar seu objetivo mas após alcançar seu objetivo, ele deve ser hábil para se manter no Poder,
3- Quando um governante é temido, ao mesmo tempo em que ele causa medo em quem possa insurgir contra seu governo, ele traz (por sua rigidez e virilidade) segurança aos súditos de possiveis guerras e invasões que possam ocorrer ao passo de que quando se é temido, mais chances o governante tem de fazer alianças políticas com outros governantes por conta da mesma rigidez e segurança. Por outro lado, o governante sendo amado, ele também pode despertar temor em seus súditos quanto a sua autoridade e possibilidade de agir de forma "truculenta" em uma lógica paternal de que o mal vindo do governante é o mesmo "mal" que vem de um pai extremamente "zeloso" e violento. Mas, de forma alguma, o governante deve ser amado pois isso demonstra sua fraqueza e se mistura com as imagens de governante e súdito (no caso do governante ser visto como um súdito em igualdade de condição)