URGENTEEEE — Ele era um ancião. Seu povo, Araweté. Tinha o corpo vermelho de urucum. O cabelo num corte arredondado. E estava sentado ereto, as mãos abraçando o arco e as flechas à sua frente. Ficou assim por quase 12 horas. Não comeu. Não vergou. Eu o olhava, mas ele jamais estabeleceu um contato visual comigo. Diante dele, lideranças indígenas dos vários povos atingidos por Belo Monte se revezavam no microfone exigindo o cumprimento dos acordos pela Norte Energia, a empresa concessionária da hidrelétrica, e o fortalecimento da Funai. Ele, como outros, não entendia o português. Estava ali, sentado numa cadeira de plástico vermelho, no centro de convenções de Altamira, no Pará. O que ele via? Há 40 anos, ele e seu povo nem mesmo sabiam que existia algo chamado Brasil. Possivelmente isso siga não fazendo nenhum sentido, mas agora ele está ali, debaixo de luminárias, sentado numa cadeira de plástico vermelho, aguardando seu destino ser decidido em português.
O trecho revela a situacao dos povos indigenas brasileiros na atualidade demonstrando que:
A- esses povos se encontram à margem da sociedade por não terem sido propriamente civilizados.
B- esses povos tem seus modos de viver ameaçados pelos atuais processos de desenvolvimento.
C- esses povos não se mobilizam de forma a reivindicar melhores condições de vida.
D- o português continua sendo a única lingua falada em todo território nacional.
E- o contato entre “brancos” e “indígenas” de deu há apenas quarenta anos.
Respostas
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2
Letra B
Atualmente os indígenas precisam se proteger para manter as sua própria cultura já que o ser humano vêm desenvolvendo as áreas naturalmente nativa deles
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