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É notável o aumento da temperatura mundial desde a Revolução Industrial. De um lado, pesquisadores afirmam que isso é um ciclo natural da Terra; outros dizem que o homem é o principal causador das alterações climáticas observadas desde o século XX. Mas o fato é que essas alterações causadas ou não pelo homem estão afetando a vida em todo planeta. O Brasil é ainda mais vulnerável a esses efeitos, pois apresenta dimensões continentais.
Os maiores problemas ambientais no Brasil são o desmatamento e a emissão de poluentes. Depois de destruir quase que por completo a Mata Atlântica – atualmente, restam apenas 7% de sua área original – , agora é a vez do Cerrado e da Amazônia. O destruição da Amazônia tem acarretado diversos problemas para o país, como a pior crise hídrica no Sudeste nos últimos 84 anos. A maior parte das chuvas do país se formam na Amazônia, logo, se não há floresta, não há chuva.
Todos os anos são desmatados cerca de 26.000km² da floresta amazônica, principalmente para extração ilegal de madeira e pela agropecuária e, ao invés de coibir essas ações, o governo parece apoiar os grandes latifundiários, tendo em vista que estes sempre ganham disputas de terras contra a população local. Além disso, o Brasil é o sexto maior emissor de gases poluentes do planeta, segundo um relatório divulgado na 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17), liberando mais de 1.100 megatoneladas de CO2 na atmosfera entre 2009 e 2010.
Apesar do país ter sido o único a cumprir a meta de redução das emissões de poluentes determinada na COP-17, a temperatura do país vem aumentando consideravelmente. Em nível regional, de 1951 a 2002, as temperaturas mínimas cresceram cerca de 1,4ºC a cada dez anos. Se essa situação não for revertida a tempo, a temperatura do país tende a aumentar cerca de 5ºC em média num futuro próximo, estimam pesquisas. Esse aumento drástico da temperatura e diminuição das florestas causam alterações no ciclo hidrológico, que afetam a biodiversidade de florestas, a produção de alimentos e agravam o problema de abastecimento hídrico das cidades.
Desta forma, torna-se imprescindível que atitudes sejam tomadas por parte do governo para que a situação não piore ainda mais, como a maior fiscalização do desmatamento ilegal e incentivo ao reflorestamento – para que não aconteça com a Amazônia o mesmo que aconteceu com a Mata Atlântica –, e a criação de leis mais rígidas contra a emissão de poluentes por parte das indústrias. Além disso, melhorar a qualidade do transporte público urbano é essencial para que menos pessoas usem carros o tempo todo, diminuindo a poluição pelos automóveis.