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Talvez, sem descortinar o grande alcance de suas palavras, havia realmente um grande mistério nessa época no que concerne à vida pós morte.
Todavia, esse pensamento seria consumado em 18 de Abril de 1857 quando Allan Kardec acabava de decifrar esse mistério, revelando ao mundo que a vida prossegue após a morte do corpo físico, constituído por uma essência de vida designada por espírito e que anima esse próprio corpo, sem a qual não teria vida, tal qual a conhecemos, a exemplo do que acontece com todos os seres inanimados. Pois é, isto é um fato, não uma teoria ou mera utopia. Muito a propósito a “bandeira” da Feira do Livro de Ribeirão Preto deste ano foi: “Do conhecimento que liberta ao amor que une”. Isso é outra realidade. Só através do conhecimento conseguimos o esclarecimento de muitas dúvidas e inquietações. Ele está disperso por todos os quadrantes literários, científicos e nos simples centros espíritas, para todos aqueles que o desejarem.
Costuma-se dizer que religião e política não se discute. Por outro lado, também se diz que da discussão nasce a luz. Mas, para dirimir esses questionamentos, intervimos com esta frase sábia, que ouvia minha mãe proferi-la muitas vezes: “no meio termo é que está a virtude”… Então, sem pretendermos entrar nos méritos de cada um, entendemos que, por variadíssimas razões, não temos o direito de obrigar ou induzir quem quer que seja a esta ou aquela corrente religiosa. Não obstante, não podemos deixar de passar a informação, os argumentos e os fundamentos disponíveis a todos que se interessem, porque cada um deve responder por seus próprios méritos e não por aquilo que este ou aquele possa induzir, seja um simples companheiro, pastor, bispo, ancião, irmão, padre, etc., etc. Cada um deve ter a própria consciência no desenho da sua trajetória espiritual. Ninguém responderá por nós no plano divino. Seremos sempre os artífices do nosso próprio destino, pelo qual responderemos perante a justiça divina.
Todavia, não é por ser espírita e deter o conhecimento existencial, que serei melhor do que ninguém. Inclusive, há ateus que fazem ações mais meritórias do que muitos religiosos. O fator determinante não está naquilo que se é, mas naquilo que se faz. É aqui que reside o diferencial dos grandes nomes, das grandes obras humanitárias, dos grandes envolvimentos fraternais. Não foi o rótulo religioso que as impulsionou, mas a única palavra que pode unir todo o ser humano na vanguarda dos grandes acontecimentos fraternos, independentemente dos princípios religiosos que se abracem: AMOR, o sentimento mais nobre, quando autêntico, ensinado pelo mestre dos mestres, Jesus Cristo.
Portanto, não será o desfecho religioso que impedirá a caminhada comum do amor.
John Kennedy, um dos maiores presidentes dos Estados Unidos, teve uma frase histórica na sua tomada de posse em Janeiro de 1961: “nunca digam o que o país pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pelo vosso país”. Só um grande estadista poderia imaginar tal argumento.