• Matéria: ENEM
  • Autor: malucabral3770
  • Perguntado 7 anos atrás

— Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto, passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. O trecho anterior foi retirado de A Escrava Isaura, obra escrita no século XIX que revela percepções sócio-históricas importantes sobre a compreensão da identidade afrodescendente no Brasil. Com base no trecho anterior, no qual Malvina repreende Isaura por cantar uma cantiga triste, infere-se que Isaura, de acordo com o pensamento vigente na época, A deveria se orgulhar da sua condição de descendente de africanos. B era valorizada pelo fato de não aparentar sua ascendência africana. C vivenciava, por ser escrava, os mesmos martírios que os demais cativos. D pôde se considerar superior pelo fato de apresentar traços físicos mestiços. E teve a estima de seus senhores por ir de encontro ao comportamento europeu.

Respostas

respondido por: Danas
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A alternativa B) é a correta.

A Isaura era valorizada pelo fato de não aparentar sua ascendência africana, por isso os seus "senhores" tratavam ela bem, por ela não aparentar ter uma nenhum parente africano, sendo confundida com pessoas livres.

O tratamento que Isaura tinha era visto como um grande favor pelos seus senhores, que achavam que sempre estiveram fazendo algo que a Isaura deve-se ser agradecida por terem tratado ela como um ser humano, um problema grave que afeta os racistas.

Espero ter ajudado!

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