Respostas
Resposta:
Nos últimos anos, estudos sobre redes de transporte público têm se
intensificado no âmbito de Redes Sociais, especialmente em redes de ônibus. Isso
tem ocorrido devido à relevância da mobilidade urbana para o bom funcionamento de
uma cidade. A cidade do Rio de Janeiro, Brasil, passou por mudanças recentes em
seu sistema de ônibus municipais, modificando diversas linhas e pontos de ônibus.
Este trabalho propôs-se a analisar a estrutura da rede de transporte de ônibus dessa
cidade, comparando a sua topologia em 2014 e 2016 – antes e depois da mudança.
Para isso, foram investigadas as propriedades do sistema de ônibus com base nos
modelos topológicos B-space, P-space e C-space. Alguns importantes parâmetros
foram calculados, como densidade, componente gigante, distância, diâmetro,
coeficiente de clusterização, grau, proximidade e intermediação. Os resultados
mostraram que houve uma redução de 22,75% das linhas e 5,19% dos pontos de
ônibus de 2014 para 2016. Também se verificou que são necessárias no máximo
quatro linhas para se deslocar entre dois pontos de ônibus quaisquer dentro da cidade
em ambos os anos, contudo com três linhas já é possível atingir mais de 99% dos
pontos de ônibus. Outra observação foi que dado certo ponto de ônibus era possível ir
para, em média, 549 pontos em 2014 e 462 em 2016, sendo que, a partir do ponto
mais central, era permitido ir para mais de 3000 pontos em 2014 e mais 2750 em
2016, o que seria equivalente a 42,7% e 41,3% dos pontos, respectivamente. Além
disso, esse estudo também sugere a exploração da rede C-space de acordo com certa
quantidade mínima de pontos de ônibus em comum que as linhas possuíam. Com
base na análise da propriedade da componente gigante dessas redes com muitos
pontos em comum, é viável detectar possíveis corredores expressos de ônibus.