No ano de 2008, foram comemorados os 200 anos da Chegada da Família Real ao Brasil e a consequente Aberturados Portos. Durante as comemorações, o historiador José Jobson de Andrade Arruda lançou o livro Uma colônia entredois impérios: a abertura dos portos brasileiros (1800-1808). O autor assim interpretou um tema tão debatido naspesquisas sobre as relações de Portugal com suas colônias e de Portugal com as demais Metrópoles europeias:O segredo dos segredos: o projeto secreto atrás da convenção secreta de LondresSe a Convenção Secreta de Londres se define por ser o acordo sigiloso entre as altas autoridades portuguesase inglesas, um segredo a todo custo preservado em relação aos seus inimigos de ocasião, sequer desconfiava oplenipotenciário português, e, por decorrência, o Príncipe Regente de Portugal, que havia um segredo dos segredos,um projeto secretíssimo urdido pelos ingleses em 1805 e 1806 que preconizava o envio de forças armadas britânicas aoBrasil, com ou sem anuência da Corte de Lisboa, destinada a conter possíveis insurreições que viessem a se precipitarno Brasil, à semelhança do que já ocorria na América espanhola. Desconfiava-se, mas não havia provas materiais atéo momento. Mas agora há, pois um documento inédito, localizado por Patrick Wilcken na British Library ManuscriptRoom, prova de sua notável sensibilidade de pesquisador, revela a frieza com que as autoridades britânicas tratavamas questões relacionadas com a política externa, plano que jamais as autoridades portuguesas poderiam imaginar,projetado para o caso de Portugal não aceder à vontade inglesa de transferir a Corte para o Brasil. Na avaliação deWilcken, esse plano contingencial, elaborado antes de 1807, explicita um arrepiante exercício da realpolitkNo que concerne ao papel desempenhado pela preservação documental e sua influência nos instrumentos válidos aoconhecimento histórico e para justificar um problema de investigação, analise as afirmações abaixo.I. A interpretação apresentada acima só foi possível porque o historiador australiano Patrick Wilcken descobriuum documento na sala dos manuscritos da Biblioteca de Londres e esse documento era, até então, inédito.II. A interpretação apresentada acima critica a visão predominante na historiografia, que afirma que a Corteportuguesa teria vindo para o Brasil afugentada pelo exército de Junot.III. O autor fez uma interpretação questionável porque se baseou em um só documento, único argumento forte desua obra.IV. As referências acima minimizam os efeitos da Convenção Secreta de 1807, da qual participou o plenipotenciárioe da qual resultou um documento conhecido, que influenciou interpretações porque o documento que oantecedera era desconhecido tanto da Coroa portuguesa quanto dos historiadores.V. Se forem empregados os critérios de verificação interna e externa do documento, a afirmação do autor não seriavalidada, pois, mesmo que desconhecido, dada a sua anterioridade em relação ao que era sabido, o documentoapontado como o segredo dos segredos destoa das práticas mais comuns na política externa inglesa do período.É correto apenas o que se afirma emA I, II e IV.B I, II e V.C I, III e V.D II, III e IV.E III, IV e V
#ENADE
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A. I, II e IV.
Somente as assertivas III e V são incorretas, visto que o autor usou um documento confiável para fazer a sua análise, denominado 'segredo dos segredos'.
O documento falava sobre o envio de forças armadas britânicas ao Brasil, com ou sem permissão da Corte de Lisboa, com o objetivo de conter possíveis insurreições.
Portanto é um documento confiável, no qual quem teve acesso o historiador australiano Patrick Wilcken, permitindo assim, que houvesse uma interpretação e conhecimento do fato.
Abraços!
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