• Matéria: Geografia
  • Autor: nessahsilva04
  • Perguntado 7 anos atrás

Quais foram as principais marcas deixadas pela ocupação árabe no território espanhol?​

Respostas

respondido por: Levi45682
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Resposta:

A da península Ibérica, correspondente ao futuro território de Portugal e Espanha, foi conquistada pelos árabes entre os anos de 711 — com a vitória do berbere Tarique ibn Ziyad, na batalha de Guadalete ou Guadibeca — e 713. Os invasores chamaram o novo espaço de al-Garb al-Andalus.

A dominação islâmica não teve a mesma duração, nem as mesmas repercussões, em todas as zonas. Foi fraca nas Beiras, a norte do rio Douro, principalmente na região onde viria a se constituir o Condado Portucalense. Também não provocou nenhuma mudança importante, embora aí se tenham fixado, em maior ou menor número, tribos muçulmanos, sobretudo, as de origem berbere.

O pequeno reino cristão das Astúrias — formado por Asturos, Cântabros e Hispano-Godos — conseguiu, em 754, expulsar definitivamente os muçulmanos para o sul do Douro. De fato, foi no sul de Portugal que o Islã deixou marcas profundas, comparáveis à contribuição da presença romana na estrutura do que, mais tarde, seria a civilização portuguesa.

Na Estremadura desenvolveram-se os centros urbanos de al-Usbuna (Lisboa) e Santarin (Santarém). No Baixo Alentejo, as cidades de Baja (Beja) e Martula (Mértola) e, no Algarve — onde a presença muçulmana se manteve por seis séculos — surgiram Silb (Silves) e Santa Mariya al-Harum (Faro). Os árabes — designação genérica de um conjunto de populações berberes, sírias, egípcias e outras — substituíram os antigos senhores visigodos. Mostraram-se, em geral, tolerantes com os usos e costumes locais, admitindo as práticas religiosas das populações submetidas e criando condições para os frutíferos contactos econômico e cultural que se estabeleceram entre cristãos e muçulmanos.

Os vestígios materiais da longa permanência muçulmana ficam aquém das expectativas, principalmente porque a política cristã de reconquista foi a de "terra arrasada". Cada localidade retomada aos árabes era destruída e os objetos e construções queimados em fogueiras que ardiam durante dias. Mas restaram alguns elementos que atestam este período da vida portuguesa, principalmente nas muralhas e castelos, bem como no traçado de ruelas e becos de algumas cidades do sul do país. Não restaram grandes monumentos, fato que se explica pela situação periférica do território português em relação aos grandes centros culturais islâmicos do sul da península

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