Politizar o homem não consiste mais em educá-lo moralmente, mas em introduzi-lo num maquinário que o vergará a fins (a paz e a segurança) que, apenas por suas disposições naturais, ele não poderia alcançar. O modelo político é, assim, mecânico – e nada mais significativo, a esse respeito, do que a imagem do autômato que Hobbes emprega no início do Leviatã, ou a linguagem do equilíbrio das forças, que retorna constantemente no Contrato Social, de Rousseau, ou, ainda, a metáfora newtoniana: como no universo, também na cidade a ordem virá da compensação entre atrações e repulsas. (LEBRUN, Gerard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 20.) Se, para Gerard Lebrun, a politização não consiste mais numa "educação moral", que tipo de indivíduo a política é capaz de engendrar na modernidade?
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O indivíduo que tem disposição natural para buscar por aquilo que acredita.
No entanto, o autor deixa claro que o indivíduo não consegue alcançar os seus objetivos políticos apenas com a força da disposição natural. Desse modo, é preciso que ele junte forças com outras pessoas e instituições sociais para alcançar as mudanças desejadas.
No próprio texto, podemos observar que os objetivos paz e segurança são bem específicos e estão ligados ao político moderno, que depende do apoio de outros atores (como agentes políticos, membros da sociedade civil organizada) para ter êxito em suas investidas.
Vá e vença!
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