Mas o trabalho do proletário, o trabalho assalariado cria propriedade para o proletário? De modo algum. Cria o capital, isto é, a propriedade que explora o trabalho assalariado e que só pode aumentar sob a condição de gerar novo trabalho assalariado, para voltar a explorá-lo. Em sua forma atual, a propriedade se move entre dois termos antagônicos: capital e trabalho. [...] Ser capitalista significa ocupar não somente uma posição pessoal, mas também uma posição social na produção. O capital é um produto coletivo e só pode ser posto em movimento pelos esforços combinados de muitos membros da sociedade, em última instância pelos esforços combinados de todos os membros da sociedade. O capital não é, portanto, um poder pessoal: é um poder social. (MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 2001, p. 52-53.) Conforme o argumento de Marx e Engels apresentado no Manifesto Comunista, por que o capital constitui um poder social e não pessoal?
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Respostas
O capital constitui um poder social e não pessoal, pois o trabalho de cada assalariado não gera propriedade para ele, mas o trabalho dos proletários geram capital, que representa o esforço combinado dos membros da sociedade.
Segundo Karl Marx, a divisão do trabalho e os papéis desempenhados pelos grupos sociais no modo de produção em uma sociedade definem a divisão dessa mesma sociedade em classes.
Na sua análise crítica ao Capitalismo, Marx destacou que a divisão da produção entre os donos dos meios de produção e os donos da força de trabalho fez surgir na sociedade dois grupos sociais - o grupo dominante, representado pela burguesia, e o grupo dominado, representado pelo proletariado.
Segundo Marx, a intensa especialização afastou o trabalhador da mercadoria final, pois este perdeu o conhecimento de todas as etapas produtivas e passou a desempenhar apenas uma etapa da produção. Por isso, na visão de Marx o trabalho, no Capitalismo, é alienado.
O trabalho assalariado, na visão de Marx, estaria associado a uma venda da força de trabalho com a finalidade de subsistência.
Para Marx essa alienação e objetificação do trabalho, que foi estabelecida a partir do Capitalismo, possibilitou a exploração da classe detentora dos meios produtivos sobre os proletários.