Conversa de menino Rachel de Queiroz Amanheceu aberta uma rosa, uma rosa grande e rubra, na roseira do meu jardim. Modesto jardim à moda antiga, um pedaço de grama, um pé de manacá, um coqueiro-anão, um jasmim-do-cabo, algumas roseiras. Nem jardim propriamente é. Mas para o meninozinho que nasceu num décimo-primeiro andar, que tem pai comerciário e mãe oficial administrativo para aquele garoto o meu jardim é um parque, um reino. Ele mal foi saltando do carro, juntou as mãozinhas, riu e disse que lá estava um balãozinho de papel encarnado em cima daquela planta. A mãe que tem hábitos pedagógicos, logo explicou que aquilo era uma rosa numa roseira. O menino entretanto não concordou, disse que só era então um balão de roseira. E quando insistiram em que se tratava de uma flor, o rapaz perdeu a paciência: Flor é pequenininho, e só dá na feira. Nativo da Zona Sul, natural que pense que as flores e os legumes nascem nas barracas. Depois entrou em casa: entrou e parece que não gostou ou não entendeu. Foi perguntando onde é que ficava o elevador. E sabendo que não havia elevador, indagou como é que se ia para cima. Nós explicamos que não havia lá em cima. Ele ficou completamente perplexo e quis saber onde é que o povo morava.
1 A perplexidade do menino deve-se ao fato de que:
(A) a mãe não conseguiu explicar o que é uma flor.
(B) ele não conhece aspectos da vida no campo.
(C) ele nunca havia estado em um jardim antes.
(D) a mãe também explicou que não havia elevador
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Letra "b".
Explicação:
Devido ao fato de que o menino morava em um apartamento.
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Resposta:
Letra b
Explicação:
devido ao fato que o menino morava em um apartamento
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