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O fim da Idade Média foi causado por uma prolongada crise de fome, em conjunto com uma enorme
epidemia de peste bubônica estes dos fatores fomentaram inúmeras revoltas camponesas lançando a Europa
feudalista em uma desordem sem fim. Com a fome, e as mortes causadas pela peste, os senhores feudais
entraram em guerras por mais territórios e servos a fim de sanar a fome e assim parte das mortes, diversas
casas eram queimadas e os corpos empilhavam-se nas ruas das vilas.
Os estados modernos surgem em meio a uma grave crise causada pela peste, guerras e fomes, os senhores
feudais então recorrem ao caminho da união de sua classe em torno do senhor mais poderoso que
reestabeleceu a ordem nos feudos de seus vassalos emergindo como líder absoluto do território, esse
movimento de reação da nobreza teve uma importante ajuda dos burgueses que tinham o interesse em
terminar com as revoltas para retomar seus negócios, além disso, a unificação do território significou mais
segurança por haver um exército permanente e a criação de uma moeda única em todo aquele pedaço de
terra.
Portugal foi pioneiro em seu processo de unificação expulsando os árabes de seu território com ajuda de
ingleses e espanhóis, porém o processo se consolidou a partir da Revolução de Avis que deu sua
independência definitiva em meados do século XIV. Os espanhóis, por outro lado, iniciaram seu processo de
unificação em sua guerra de reconquista contra os árabes também, mas se consolidaram como estado
unificado posteriormente, por meio do casamento entre os reis católicos Fernando de Bragança e Isabel de
Aragão no início do século XV.
A maioria dos Estados Nacionais que foram se construindo ao longo da Idade Moderna adotaram como forma
de organização política o absolutismo monárquico. Esse sistema de governo se caracteriza pela concentração
de todos os poderes nas mãos do rei, seus poderes são praticamente sem nenhuma restrição. No entanto,
esse poder não era ilimitado e se pautava, dentre outros fatores na manutenção de um exército forte e no
apoio da nobreza e de grandes comerciantes que vezes podiam se revoltar e tramar contra o soberano.
Além disso, surgiram pensadores que foram muito importantes para garantir a legitimidade dos reis
absolutistas, como é o caso de Thomas Hobbes e Jacques Bossuet. Thomas Hobbes, famoso filósofo inglês,
por meio de sua obra Leviatã, defendeu a manutenção das monarquias a partir do princípio de que os homens
obedeciam a interesses particulares, o que geraria uma guerra constante. Nesse sentido, era necessário um
poder superior que controlasse os homens e impedisse esse estado caótico.
Jacques Bossuet ficou famoso por sua teoria do direito divino dos reis. Esse bispo francês defendia que o
poder do monarca emanava de Deus. Dessa forma, o rei enquanto representante de Deus na Terra era infalível
e inquestionável. Um dos maiores exemplos de reis absolutistas que temos é o de Luis XIV, rei francês que
ficou conhecido como o Rei Sol.
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