• Matéria: Música
  • Autor: erikatripolidasilva2
  • Perguntado 6 anos atrás

Cite as concepções de formação musical instituído pelo Heitor Villa lobos no Brasil, na década de 30 que sistematizava a organização da prática musical em escolas, apresentações, composição, arranjo e organização de canções voltadas ao processo de ensino de estudantes e professores

Respostas

respondido por: bela526
1

Resposta:

Em 1931, Villa-Lobos foi convidado por Anísio Teixeira, à época superintendente do ensino público do Distrito Federal, a ocupar o cargo de diretor do ensino artístico da prefeitura do Distrito Federal. Dessa forma, o ensino da disciplina "canto orfeônico foi instituído como obrigatório no então Distrito Federal, medida que em seguida foi ampliada para todo o território nacional, com a Reforma Capanema (Leis Orgânicas do Ensino), que instituiu o canto orfeônico como parte do currículo escolar durante os quatro anos do primeiro ciclo e os três anos posteriores do segundo ciclo, com a denominação "música e canto orfeônico". Pelo decreto, n. 19.941, de 30 de abril de 1931, o canto orfeônico tornava-se matéria obrigatória do currículo do ensino secundário no país; já o decreto n. 24.794, de 14 de julho de 1934, estabelecia a obrigatoriedade do ensino do canto orfeônico em todos os estabelecimentos escolares, estendendo-se, também, ao ensino primário, em esfera federal.

Em 1932, Villa-Lobos foi incumbido de organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), a qual objetivava a realização da orientação, do planejamento e do desenvolvimento do estudo da música nas escolas, em todos os níveis, conjugando disciplina, civismo e educação artística. O Plano Geral de Orientação da SEMA atinha-se especialmente á formação de professores, com os cursos "Declamação rítmica e califonia" (arte de cantar/entoar bem), "Preparação ao ensino de canto orfeônico", "música e canto orfeônico" e "Prática do canto orfeônico".

Pelo decreto, n. 19.890, de 30 de abril de 1931[5], o canto orfeônico tornava-se matéria obrigatória do currículo do ensino secundário no país; já o decreto n. 24.794, de 14 de julho de 1934[6], estabelecia como obrigatório o ensino do canto orfeônico em todos os estabelecimentos escolares e ao ensino primário, em nível federal. Em 1932, Villa-Lobos foi encarregado de organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), a qual tinha como objetivo realizar a orientação, do planejamento e do desenvolvimento do estudo da música nas escolas, em todos os níveis, conjugando disciplina, civismo e educação artística. Todas essas iniciativas constituíam os primeiros passos para a criação, em 1942, do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico (CNCO). A regulamentação do curso de canto orfeônico deu-se em 1946, com a finalidade de formar professores capacitados para o ensino de tal disciplina. O programa de ensino de canto orfeônico adotou um grande número de pontos originais, desenvolvidos pelo conservatório. Embora o canto orfeônico por Villa-Lobos na grade curricular da educação básica brasileira tenha sido substituído pela disciplina "Educação musical", por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) n. 4.024 de 1961[7], a influência daquela disciplina continuou mesmo depois de sua extinção oficial, já que os professores que passaram a ministrar "educação musical" eram, basicamente, os mesmo que anteriormente haviam trabalhado com o canto orfeônico, utilizando os mesmo procedimentos de ensino. Analisando as atividades educativo-musicais de Villa-Lobos, torna-se evidente que o canto orfeônico foi concebido pelo maestro como a principal ferramenta para a musicalização, tendo ele atuado como regente e organizador de grandes massas de corais, como compositor, educador. Villa-Lobos expressa:

- Para tornar-se acessível à mentalidade infantil, a música deverá interessá-la, em primeiro lugar, pelo ritmo e, em seguida, pelo caráter de simplicidade e pelo aspecto socializador da melodia.

- As melodias adequadas a essa função socializadora são precisamente aquelas com as quais a criança já se havia familiarizado espontaneamente, isto é, os brinquedos ritmados, as marchas, as cantigas de ninar ou as canções de roda.

- A prática dessas melodias criará o estímulo e fomentará o interesse da criança, facilitando de uma maneira sensível a aquisição de noções técnicas decorrentes e necessárias ao canto coral, tais como: o senso rítmico, a educação auditiva e os demais elementos imprescindíveis ao conhecimento da teoria geral.

Espero que tenha ajudado em algo.

Perguntas similares