Desenhar para ele é uma coisa; pintar é outra. No desenho se afirma, na pintura se esconde. Pela linha fala com extraordinária precisão estilística, preciosismo, audácia, e vai, por vezes, até a elegância, mesmo mundana; pela cor, ele se retrai e silencia. [...] Milton Dacosta foi o primeiro artista, hoje consagrado, que no Brasil partiu do cubismo, ou melhor, das repercussões da revolução cubista até as nossas praias provincianas. [...] Dessa fase, entre 1939 e 40, nos deu algumas telas que ainda hoje interessam pela essencialização dos valores plásticos, o desprezo dos detalhes anedóticos para só guardar os que definem o ambiente e, sobretudo, marcam a atmosfera, principal tema delas. A esquematização das formas, sobretudo o ovoide das cabeças sem pormenores fisionômicos, lembra Modigliani. Realmente, o ar que se respira nessas telas é o ar da “escola de Paris”.
Mário Pedrosa, Dos murais de Portinari aos espaços
de Brasília, Perspectiva, 1981.
Ainda segundo o texto, a aproximação possível entre Dacosta e Modigliani firma-se:
A
na profusão de detalhes do retrato.
B
no caráter fisionômico do ovoide corporal.
C
na esquematização das formas humanas.
D
na pintura cubista em praias provincianas.
E
na essencialização dos valores anedóticos.
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Resposta:
Creio que seja B
Explicação:
Indo por eliminatórias fiquei em dúvida entre B e C, mas a C diz que não existem pormenores fisionômicos, então ela não representa a forma humana
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