• Matéria: Geografia
  • Autor: jardel88
  • Perguntado 7 anos atrás

Coronavírus: o fim da globalização como a conhecemos.

“O mundo será instável, compartimentado e suas partes sob suspeita mútua. Haverá empobrecimento​geral e desaceleração tecnológica. Se antes havia sincronia e concerto, agora haverá assincronia e desordem. Navegação em águas turbulentas. Bem-vindos ao século XXI”, escreve Toni Timoner, especialista em cenários de risco global em uma instituição financeira de Londres, em artigo publicado por Letras Libres, 13-03-2020. A tradução é do ​Cepat.​
A ​Covid-19​é o espinho na globalização. O que a ​crise de 2008-09​e a revolta identitária não tinham conseguido em uma década, um vírus alcançará em meses. A ​pandemia​é um cisne negro de manual, um ​unknown unknown​ que altera o curso da história. Este é o cenário pessimista que está sobre nós.
O retraimento do comércio internacional se acelerará. Os exportadores já estão reconfigurando suas cadeias de fornecimentos e aproximando a produção ao custo das ações. Os importadores aumentarão as barreiras tarifárias como resposta. Esse processo já havia começado com a guerra comercial e agora entrará em operação. A Ásia e o Ocidente se isolam mutuamente. Uma cortina de ferro ​econômica​sobre o mundo.
A viagem internacional sairá prejudicada, especialmente a intercontinental. Nem todas as restrições que agora são impostas, serão eliminadas após a normalização. Haverá mais atritos com a circulação legal de pessoas e alguns sistemas de vistos mais rigorosos. O Espaço Schengen será questionado e as identidades cosmopolitas vistas com receio.
Até agora, as respostas dos governos foram desiguais, erráticas e descoordenadas. Cada um por sua conta. As multilaterais ausentes e fora do jogo. A doutrina ​Trump​de individualismo geopolítico, sem querer, sai reforçada. A “​mão invisível”​no mercado global das nações é a que estabelecerá os novos equilíbrios, frágeis e precários, a partir de agora.
A reputação das democracias liberais ocidentais está em jogo entre seus cidadãos. Sua capacidade de resposta e gerenciamento rompeu-se. Tudo aponta que a legitimidade dos regimes asiáticos de disciplina coletiva (Coréia do Sul) e coerção estatal (China) sairá reforçada. Seu relato será o vencedor.
O desabamento do preço do ​petróleo​revela tensões entre russos e sauditas e coloca todos os exportadores contra as cordas. A ​OPEP​pode entrar em colapso em razão de desacordos internos e da corrida suicida de oferta descontrolada. Rússia, Irã, Arábia Saudita, com rendas declinantes, são animais feridos que desestabilizarão suas regiões. Isso irá agravar a crise migratória na vizinha Europa.
Os esforços contra a ​mudança climática​vão para o espaço. Os acordos serão suspensos e os planos adiados. E as energias limpas entrarão em bancarrota iminente pelo barateamento selvagem do petróleo. Serão necessários vários sustos climáticos para voltar à coordenação. E, então, já teremos cruzado vários limites de irreversibilidade.

O mundo será instável, compartimentado e suas partes sob suspeita mútua. Haverá empobrecimento geral e desaceleração tecnológica. Se antes havia sincronia e conserto, agora haverá assincronia e desordem. Navegação em águas turbulentas. Bem-vindos ao século XXI.

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Respostas

respondido por: souzaa4975
2

não será o fim por q isso q está acontecendo e foto escrito na Bíblia sagrada de Deus isso q está acontecendo e apenas o começo de todo

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