• Matéria: História
  • Autor: Luisarosa2584
  • Perguntado 6 anos atrás

O primeiro recenseamento geral do Império foi realizado em 1872. Nos recenseamentos parciais anteriores, não se perguntava sobre a cor da população. O censo de 1872, ao inserir essa informação, indica uma mudança, orientada por um entendimento do conceito de raça que ancorava a cor em um suporte pretensamente mais rígido. Com a crise da escravidão e do regime monárquico, que levou ao enfraquecimento dos pilares da distinção social, a cor e a raça tornavam-se necessárias. A partir do enunciado, podemos concluir que há um uso político na maneira de classificar a população, já que a) o conceito de raça permitia classificar a população a partir de um critério mais objetivo do que a cor, garantindo mais exatidão nas informações, o que era necessário em um momento de transição para um novo regime. b) no final do Império, o enfraquecimento dos pilares da distinção social era causado pelo fim da escravidão. Nesse contexto, ao perguntar sobre a raça da população, o censo permitiria a elaboração de políticas públicas visando à inclusão social dos exescravos. c) a introdução do conceito de raça no censo devia-se a uma concepção, cada vez mais difundida após 1870, que propunha a organização e o governo da sociedade a partir de critérios objetivos e científicos, o que levaria a uma maior igualdade social. d) no final do Império, a associação entre a cor da pele e o conceito de raça criava um novo critério de exclusão social, capaz de substituir as formas de distinção que eram próprias da sociedade escravista e monárquica em crise.

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Respostas

respondido por: EduardoPLopes
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É correta a alternativa D, já que no final do Império a escravidão já havia sido abolida (em 1888), de modo que a submissão legal dos afro-brasileiros já não existia mais.

Para substituir esta prática, e manter as relações sociais que colocavam no topo alguns poucos e na base a maioria esmagadora dos brasileiros, foi adotada a defesa de teses do "racismo científico" que explicassem a realidade econômica e social do Brasil, assim como justificassem o fato de que os ex-escravizados não fossem inseridos na sociedade brasileira de forma adequada.

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