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Explicação:
Os australopitecos (Australopithecus) (Latim australis "do sul", Grego pithekos "macaco") constituem um género de diversos hominídeos extintos, bastante próximos aos do género Homo e, dentre eles, o A. afarensis e o A. africanus são os mais famosos. O A. africanus, primeiro descrito por Raymond Dart, com base no "crânio Infantil de Taung", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito então o ancestral direto do género Homo (em especial da espécie Homo erectus).
As descobertas recentes de outros fósseis de hominídeos, mais antigos que o A. africanus e que, contudo, parecem pertencer ao género Homo, colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género Homo se separou do Australopithecus anteriormente do que se pensava (o ancestral comum mais antigo que se conhece pode ser o A. afarensis ou outro ainda mais antigo), ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir dum outro ancestral comum, ainda desconhecido.
Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos. Os cérebros da maior parte das espécies de Australopithecus conhecidas eram sensivelmente 35 % menores que o do Homo sapiens e os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não mais de 1,2 m de altura. Em diversas espécies é considerável o grau de dimorfismo sexual, machos sendo maiores que as fêmeas. Os seres humanos modernos não parecem exibir o mesmo grau de dimorfismo sexual que os Australopithecus tinham. Em populações modernas, os machos são, em média, apenas 15% maiores que as fêmeas, enquanto que nos Australopithecus, os machos poderiam ser até 50% maiores que as fêmeas. Além disso, modelos termorreguladores sugerem que as espécies de Australopithecus eram completamente cobertas de pelo, mais como chimpanzés e bonobos, ao contrário dos humanos moderno. O nome significa “macaco austral”.