Respostas
Resposta:
Primeiro, um telefonema.
– Mike? – disse Charlene. – O Phil está aí?
Havia uma certa ansiedade na sua voz, um tom de pânico.
– Não o vi – respondi. – Alguma coisa errada?
– Espero que não. Ele ligou dizendo que passaria na sua casa no fi m
da tarde, mas não tive mais notícias.
Já passava das 11 da noite pelo meu relógio, motivo sufi ciente para
preocupar-se – mas não para tanta preocupação. Tentei fazê-la falar um
pouco mais, mas ela se limitou a me pedir para telefonar se Phil aparecesse.
Desliguei, intrigado. Philip Jenkinson era um amigo próximo. Nós nos
conhecíamos desde o segundo grau e, fazia poucas semanas, havíamos
tomado um drink juntos. Ele era aquele cara que tinha dado certo. Havia
conquistado o mundo. Tinha enriquecido. Eu sabia que ele estava passando
por muita pressão no trabalho ultimamente, mas fora os sinais comuns
de estresse de executivo, ele parecia muito bem. Imaginei se não havia
ocorrido algum acidente.
A campainha tocou. Um taxista irritado tentava conduzir Philip, que
oscilava de um lado para outro, bêbado e balbuciante.
– É amigo seu? – grunhiu o taxista. Carregamos Phil para dentro e o
largamos no sofá. Ele não só estava alcoolizado, mas tremia muito e estava molhado pela forte chuva. Paguei o motorista, dei-lhe uma gorjeta e
fi quei observando enquanto ele sumia pela noite escura. Philip já roncava.
Sentindo-me um dedo-duro, telefonei para Charlene, não entrando em
detalhes, e lhe disse para não se preocupar. Eu levaria seu marido de volta
para casa na manhã seguinte. Podia ouvir as crianças brigando no fundo
e fi quei surpreso por estarem acordadas ainda, algo fora do comum num
dia de semana, mas, afi nal, eu não tinha nada a ver com isso.
Explicação:
ESPERO TER TE AUDADO