Respostas
Resposta:
Guerras civis, miséria, escassez hídrica e de alimentos.
Explicação:
A África é um dos espaços que mais sofrem com os problemas relacionados ao meio ambiente e social. Grande parte da população vive na miséria ou em situações de problemas muito difícies de serem revertidos.
As guerras são grande parte do problema, é difícil ajudar territórios onde grupos terroristas dominam o espaço, fazendo com que cada vez mais problemas ocorram nesses espaços, e com isso quem mais sofre é a população local.
Explicação:
O rápido crescimento no número de habitantes decorre da fase da transição demográfica em que se encontra a África. No quinquênio 1950-55 a taxa de mortalidade infantil era de 177 por mil e a esperança de vida era de 39 anos.
A conjugação de taxas de mortalidade em queda e a manutenção de taxas de fecundidade ainda elevadas faz da África a região do mundo que apresenta as maiores taxas de crescimento vegetativo. Em 1950, a África possuía uma população de 227 milhões de habitantes e passou para 819 milhões no ano 2000. A população quase quadruplicou em 50 anos, apresentando taxas anuais de crescimento de cerca de 2,5% ao ano. Em 1950 a população africana compunha 9% da população mundial e, no ano 2000, já representava 13,4% do total do Planeta.
A população africana vai continuar crescendo nos próximos 50 anos, variando conforme os cenários das projeções. Para o ano 2050, na projeção baixa da ONU a população da África ficará em 1,7 bilhão de habitantes; na projeção média chegará a 2 bilhões; na projeção alta atingirá 2,3 bilhões e, na projeção que considera a fecundidade constante tal com se encontra no início do atual século, a população africana poderia chegar a 3 bilhões de habitantes em 2050. No caso da projeção média, a população africana representaria 22% da população mundial em meados do atual século.
Considerando cinco regiões africanas, constatamos que em 1950 a população da África setentrional era de 52,8 milhões e deve chegar a 321 milhões em 2050 (crescimento de cerca de 6 vezes). O menor crescimento (cerca de 4 vezes) aconteceu na África meridional que tinha 16 milhões de habitantes em 1950 e deve ficar em 67 milhões em 2050. A África ocidental possuia uma população de 68 milhões em 1950 e deverá atingir 626 milhões em 2050 (mais de 9 vezes de crescimento). A África central tinha 26 milhões em 1950 e deve atingir 273 milhões em 2050 (mais de 10 vezes de crescimento). Crescimento da mesma magnitude aconteceu na África oriental que tinha 65 milhões de habitantes em 1950 e deverá alcançar 711 milhões em 2050.
As diferenças no ritmo de crescimento da população entre as regiões africanas se devem ao comportamento diferenciado das taxas de fecundidade. A região Meridional apresentou o menor crescimento populacional porque foi a região que iniciou mais cedo a transição demográfica, pois tinha uma taxa de 6,2 filhos por mulher em 1950, chegou a 2,9 filhos em 2000 e deverá ter uma taxa de abaixo do nível de reposição em 2050.
A África possuía, em 2010, uma população de 1,033 bilhão de habitantes. Mas sua pegada ecológica é baixa, apenas 1,4 hectares globais per capita (gha), representando metade dos 2,7 gha do mundo.
A baixa pegada ecológica da África decorre do baixo nível de consumo per capita do continente. Porém, mesmo contribuindo pouco para o aquecimento global, a África tem outros sérios desafios em relação à qualidade do seu meio ambiente:
1)Falta de acesso ao saneamento básico e poluição das fontes de água;
2)Boa parte da energia consumida no continente vem da queima de carvão vegetal, causando a destruição das florestas, savanas, etc.
3)O desmatamento causa a erosão dos solos, a perda de água e a desertificação, diminuindo dramaticamente a biodiversidade;
4)O crescimento populacional coloca uma pressão sobre a agricultura e a pecuária, que devido aos baixos níveis de produtividade se vê forçada a expandir extensivamente causando maiores danos ambientais;
5)O crescimento da exploração de recursos minerais tem aumentado a erosão do solo, a poluição dos rios e diversos outros danos ambientais;
6)Doenças como malária, DSTs, HIV/Aids, mortalidade infantil e materna, etc.
Uma agricultura que usa técnicas arcaicas (e o fogo), falta de segurança jurídica e de segurança pessoal, falta de políticas públicas adequadas na área de saúde, educação, mercado de trabalho, etc. Com arranjos econômicos, tecnológicos e institucionais é possível alimentar os mais de 1 bilhão de habitantes. Mas sem estes arranjos e com a expansão das guerras e da fome vai ser quase impossível garantir o desenvolvimento humano e sustentável para os cerca de 2 bilhões de habitantes previstos para o ano 2050.
Desta forma, o aprofundamento da transição demográfica pode trazer alívio para os problemas da África. O alto crescimento populacional que ocorreu nas últimas décadas pode ser uma grande oportunidade se o continente souber aproveitar a juventude da sua população para melhorar as condições de vida das pessoas, garantir maior governabilidade e universalizar o acesso à saudê sexual e reprodutiva (conforme estabelecido pela CIPD do Cairo e o objetivo 5 dos ODMs) para que a população, no futuro próximo, possa sair do círculo vicioso da pobreza.