1)Diferencie os tipos de aborto?
2)Como deve ser o processo de atuação da enfermagem em situação de aborto induzido, provocado?
Respostas
Resposta:
1) Aborto espontâneo: é aquele que acontece sem a vontade da mulher. Pode acontecer por uma série de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Os motivos podem variar de esforço físico excessivo a má-formações no feto, ou até mesmo grandes níveis de stress. Estima-se que em 25% das gestações acontece o aborto espontâneo, normalmente por má formação genética do embrião.
Aborto induzido seguro: é aquele induzido pelo uso de remédios abortivos ou por métodos cirúrgicos – curetagem, dilatação, aspiração – com o devido cuidado médico. É considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma forma segura de abortar quando é realizado nas circunstâncias por eles indicadas: feito por médicos ou médicas experientes e com os recursos materiais necessários para o procedimento.
Aborto induzido não seguro: é aquele feito pela própria mulher, com agulhas de tricô, cabides de ferro ou qualquer ferramenta em que ela, num ato de desespero, tentará realizar o aborto. Podem ser consideradas formas perigosas de realizar esse procedimento também quando se tomam remédios abortivos sem orientação médica ou de origem duvidosa; e, também, quando ele é realizado em clínicas clandestinas – muitas vezes com profissionais sem preparo e/ou com materiais e medicamentos defeituosos.
2) O impacto do aborto em termos de saúde pública tem sido mundialmente discutido há anos. Em 1967, a Assembleia Mundial da Saúde identificou o aborto inseguro como um problema sério de saúde pública em muitos países. Assim, a OMS estabeleceu como estratégia – adotada pela Assembleia Mundial da Saúde em 2004 – para os Objetivos do Milênio da ONU a melhora da saúde materna. Isso porque considera o aborto uma “causa evitável de mortalidade e morbidade maternas”. Em 2013, a OMS lançou um guia para unidades de saúde e hospitais explicitando de que forma tornar o procedimento seguro para as mulheres e como deveriam agir os profissionais da saúde. Nele, os números são muitos.
A defesa em torno da descriminalização do aborto acontece em torno dessa questão: tratá-lo como um problema de saúde pública e permitir que a mulher realize-o conforme for de sua vontade, até certo período da gestação. Essa medida é mais comum nos países desenvolvidos.
Resposta:
1. Aborto oculto: É um caso raro mais acontece, é a retenção do feto no útero após a morte do feto.
Abortos induzidos legalmente: São abortos eletivos, justificáveis ou terapêuticos. São realizados utilizando drogas ou curetagem por sucção. Normalmente são induzidos em mães com doença física ou mental, ou para prevenir o nascimento de uma criança com severas malformações congênitas ou não.
Aborto criminal: Neste caso inclui-se todos os tipos de aborto feitos de forma ilegal.
Aborto completo: Este tipo de aborto pode ser usado complementarmente ao aborto anterior, pois neste tipo há a expulsão (ou retirada) dos produtos restantes da concepção do útero.
Aborto frequente:Neste caso há a expulsão espontânea de um embrião ou de um feto, morto ou não, em três ou mais gestações seguidas.
Aborto induzido:Da mesma maneira que nos outros tipos de aborto, neste também há a expulsão do feto, porém neste caso isto ocorrerá com intenção da mãe ou de outras pessoas ligadas à gravidez. Este tipo de aborto é feito com uso de medicamentos ou através de meios mecânicos, como por exemplo curetagem à vácuo (remoção do concepto introduzindo-se uma cureta oca no útero, através da qual é aplicado o vácuo).
Ameaça de aborto:Neste caso ocorre um sangramento com possibilidade de aborto oriundo de uma complicação que ocorre em cerca de 25% das gestações. Apesar do esforço clínico realizado na prevenção do aborto, o índice de acontecidos ainda é alto: cerca de metade dos conceptos é abortada.
Aborto acidental:Como o próprio nome já diz, é o que ocorre por consequência de um acidente qualquer, como exemplo a queda de uma escada ou um acidente de carro.
Aborto espontâneo:
Também levando em conta o nome, este tipo de aborto ocorre naturalmente, sendo comum durante a terceira semana após a fertilização. Num cenário global temos que cerca de 15% das gestações terminam em aborto espontâneo, com frequência maior durante as 12 primeiras semanas.
2.É papel do grupo que lida com esses casos, com foco especial na atribuição cuidadora do enfermeiro, compreender e refletir sobre a complexidade em que aquela mulher está inserida, independente da etiologia do aborto, afinal não deixa de ser uma situação bastante dolorosa. Além disso, é primordial que o enfermeiro entenda como direito constitucional o acesso universal à saúde e o cumprimento deste sem distinção e com respeito às particularidades de cada indivíduo.
Explicação: