Por que metodologicamente devemos evitar que nossa subjetividade distorça como nossas percepções dos fenômenos?
Respostas
Resposta:
Com base em livros de Psicologia segue a resposta.
Explicação:
Para que possam ser verdadeiramente compreendidos, a subjetividade, a individualidade, a personalidade e a identidade, faz-se necessário uma discussão ontológica. Partindo de uma perspectiva dialética de compreensão do homem e de suas relações sociais, é possível apontar que a “identidade” pode ser compreendida como constituição do sujeito, desde que seu significado esteja na direção daquilo que se faz aberto e inacabado. Nesta perspectiva, a subjetividade é uma dimensão deste sujeito, assim como a objetividade que, a partir das relações vivenciadas, se faz construtora de experiências afetivas e reflexivas, capaz de produzir significados singulares e coletivos (MAHEIRE, 2002).
No que se refere à subjetividade, um dos desafios para o estudo da mesma pela Psicologia, provêm das dificuldades que envolvem tanto o indivíduo na sua constituição como na formação do psicólogo, que precisa de subsídios teóricos, que podem ser fornecidos por outras áreas - pela filosofia, pela sociologia, pela literatura e por outras formas de arte - sobre seu objeto de estudo.
Embora a subjetividade seja fruto das circunstâncias sociais atuais, há também uma relação histórica subentendida no desenvolvimento da civilização. Estes fatos acabam acarretando problemas relacionados ao estudo da subjetividade, onde, para um melhor entendimento, deverá ser levada em conta, mais de uma perspectiva.
Conforme consta na literatura, alguns acontecimentos sociais constituíram as condições históricas para o nascimento do sujeito psicológico, levando-se em conta a subjetividade, onde pela mediação da cultura o sujeito pode pensá-la como própria, caracterizando o surgimento de um discurso psicológico na modernidade. Nesse contexto, embora o sentido de subjetividade não seja único, o conceito nos remete ao entendimento de produção de singularidade resultante pelo processo de formação social.
Conforme Cambaúva e Tuleski (2007), considera-se que o contexto histórico e cultural no qual o indivíduo está inserido é que vai constituir o mesmo como sujeito, por meio de uma relação dialética entre objetividade e subjetividade.