• Matéria: Biologia
  • Autor: rnpolie68
  • Perguntado 6 anos atrás

“Atualmente, o veganismo ganha espaço no debate público a partir de uma discussão sobre alimentação vegetariana (Links para um site externo.) e vegana. Mas o veganismo, tal como é construído e levado à frente pelos militantes da “causa animal”, consiste e pode ser compreendido como um projeto bem mais complexo. Levando em conta essa complexidade, a dimensão moral tem um papel central nessa discussão. Todas essas reivindicações citadas trazem uma discussão sobre o que seria o correto a ser feito e têm como elemento fundamental a transformação do status animal de objeto para sujeito. Sem considerar a moral como uma instância predefinida que regula nossas relações, mas tratando-a como um conjunto de regras e sanções baseadas na ação de grupos sociais, vemos que o veganismo coloca em cheque a nossa moral hegemônica, que faz dos animais seres (a)morais.



“Ampliação da fronteira moral

Compreendendo em termos filosóficos que a moral está ligada às ideias de responsabilidade e justiça, vemos que o veganismo busca incluir também os animais nesse âmbito. E é justamente aí que reside o que seria o caráter complexo do movimento, pois na modernidade a moral convencionou-se a incluir nessa discussão sobre responsabilidade e justiça apenas os humanos. Portanto, mais do que mudanças práticas, as exigências veganas repousam sobre uma transformação da moral que se liga ao sujeito (humano) e exclui como alvo de sua preocupação o objeto (animal).

Assim, o veganismo não diz respeito apenas a uma mudança na moral, mas de uma ampliação de sua fronteira para incluir novos seres. Todo o desconforto trazido pelos defensores reside no fato de que entendem e reclamam uma transformação social baseada na perspectiva de que humanos e animais sejam igualmente sujeitos de uma vida.

Os fundamentos para as demandas dos veganos encontram argumentos na ideia de que os animais também fazem parte da comunidade moral dos humanos e, por isso, sua existência tem valor em si mesma, e não deve servir para atender aos desígnios humanos. Mas, ao mesmo tempo, esses argumentos só possuem sentido se a moral se transformar num domínio ligado também aos animais. Portanto, para incluir os animais nessa dimensão, os defensores alargam também a fronteira do que entendemos como humanitário e contam com as disposições básicas da moralidade para nos convencer a agir com responsabilidade sobre a vida dos animais, nos termos como defendem: que nos abstemos de todo qualquer uso desses seres.



Do ponto de vista social e ético, o que distingue o veganismo do vegetarianismo?

Ana Paula Perrota – A distinção fundamental entre vegetarianismo e veganismo é que este último não é só uma dieta, mas consiste num conjunto de valores e regras que consideram todos os usos animais como práticas condenáveis. E além disso, embora o vegetarianismo possa ser motivado por uma preocupação moral com os animais, este não seria o único motivo para esta decisão, e nem um critério necessário. O vegetarianismo pode ser uma escolha motivada por questões de saúde, pela preocupação com o meio ambiente, ou por razões relacionadas ao gosto.

Contrariamente, o veganismo diz respeito a práticas e valores fundamentados na ideia de que humanos e animais são igualmente sujeitos de uma vida. Nesse caso, o veganismo inaugura um novo mal-estar em se alimentar de carne na medida em que tornaria o consumo desse bem alimentício irreconciliável com a moral. E nesse sentido, o vegetarianismo ético, pautado no reconhecimento do valor da vida animal, seria impositivo.

Há ainda outras diferenças, pois o veganismo (Links para um site externo.) não faz prescrições apenas sobre a carne, mas de todos os bens alimentícios de origem animal, como leite, ovos e mel. E trata também de outros pontos como produtos testados em animais, atividades de serviço e entretenimento que envolvem animais etc. Além disso, como os próprios militantes da causa animal enunciam, outro aspecto que distingue o veganismo do vegetarianismo reside no engajamento político. Nesse caso, ser vegano não significa apenas uma forma de ativismo individual ao boicotar certos produtos e serviços, mas significa principalmente atuar politicamente em torno da “causa animal”.

Com base na leitura do texto, o Veganismo é uma corrente ideológica que busca alterar a forma como os humanos enxergam os animais.
Segundo a autora, qual a moral que o Veganismo tenta modificar?



a) O Vegetarianismo e o veganismo são considerados diferentes por vários motivos. Cite um deles.




b) Durante todo o texto, podemos ler as seguintes palavras “ética”, “moral” e “amoral”. A autora chama os animais de “amorais”. Defina o que é amoral.




c) Os veganos tentam alterar a moral atual em relação aos animais. Na sua opinião, a moral pode ser alterada?​

Respostas

respondido por: juliaagsoares2
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Para começar a falar desse assunto você precisa entender oque são essas três coisas e quais as diferenças entre elas:

Veganismo/ou ser vegano significa que além de você não comer a carne (frango, boi, frutos do mar e animais silvestres) vc também não consome leite e derivados (queijo, laticínios,...) ovos, mel, produtos testados em animais, e roupas como por exemplo, lan, couro, etc.

Já quando a pessoa e vegetariana significa que ela leva uma alimentação à base de plantas ou seja ela não come carne, leite, ovos, ou mel, mas consome produtos testados em animais, ou roupas de couro, lan, etc

Já nesse caso quando a pessoa é OVOLACTOVEGETARIANA significa apenas que ela não come carne.


-Das pessoas,de acharem e tratarem os animais como objetos ou como se fossem seres piores e inferiores ao ser humano.

A- a única diferença em si, é que no vegetarianismo as pessoas utilizam produtos testados em animais e roupas com couro, lan, etc.

B-basicamente que depende do outro para julga-lo ou definir seu futuro.

Sim. A de tratar vidas como objetos ou como se não vale-sem nada.



-espero ter ajudado
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