Comente a seguinte frase:
" A america latina possui ainda hoje o mesmo papel do período que os paises que compoem eram colonias das potencias europeias".
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Cara Ingrid,
É preciso ter consciência que, desde o pacto colonial, no qual o Brasil e outros países da América Latina estiveram submetidos, a região tinha uma economia baseada, principalmente, na exportação de produtos primários (matérias-primas como ferro, produtos agropecuários, dentre outros com pouco valor agregado).
Além disso, os produtos manufaturados, bem como artigos mais elaborados, inclusive remédios, eram, em sua maioria, importados. Nesse sentido, a primeira guerra mundial trouxe benefícios para a economia da América Latina, potencializando o modelo exportador da região ao aumentar a demanda mundial por matéria-prima (haja vista que, com a guerra, não havia condições para a produção agropecuária nos países envolvidos), bem como - e principalmente - por interromper o fornecimentos de produtos manufaturados que os países envolvidos na primeira guerra mundial (industrializados) enviavam aos países da América Latina. Com isso, acelerou-se o desenvolvimento das capacidades de produção dos países da América Latina, acelerado a industrialização que se iniciava no Brasil, na Argentina, e no México, dentre outros.
Ao final da primeira guerra, houve um considerável aumento das exportações, exemplificada pelo crescimento anual de 9,8% das exportações chilenas entre 1915 e 1919, seguido por um aumento de apenas 0.6% entre 1920 e 1924.
De modo semelhante, durante a Segunda Guerra Mundial houve uma nova desarticulação do comércio internacional, possibilitando o desenvolvimento da América latina através da industrialização de substituição, haja vista a limitada competição com os importados, pois os países europeus estavam destruídos e os Estados Unidos estavam concentrados na guerra. Como exemplo desse período, temos o Brasil com o aumento da participação da industrialização no PIB, passando de 14,5 em 1939 para 21,2% em 1950. Além disso, intensificou-se a demanda por produtos agrícolas e minerais produzidos na região.
Entretanto, ainda hoje, boa parte da balança comercial brasileira, por exemplo, é baseada na exportação de produtos primários ( nos seis primeiros meses de 2013, eles representaram 47,6% das exportações).
Nesse sentido, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Além de grande flutuação no preço desses produtos, com momentos de alta e de queda bastante fortes, deferente do que ocorre com produtos industrializados. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Assim, estimada Ingrid, essa situação contribui para a pobreza da América Latina. Vale ressaltar que essa posição da América Latina enquanto uma região subdesenvolvida não depende, apenas, da vontade de sua população. É preciso investimento de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercados. Isso implica em posicionamentos políticos de longa duração, apoio das empresas, bem como um contexto internacional favorável.
É preciso ter consciência que, desde o pacto colonial, no qual o Brasil e outros países da América Latina estiveram submetidos, a região tinha uma economia baseada, principalmente, na exportação de produtos primários (matérias-primas como ferro, produtos agropecuários, dentre outros com pouco valor agregado).
Além disso, os produtos manufaturados, bem como artigos mais elaborados, inclusive remédios, eram, em sua maioria, importados. Nesse sentido, a primeira guerra mundial trouxe benefícios para a economia da América Latina, potencializando o modelo exportador da região ao aumentar a demanda mundial por matéria-prima (haja vista que, com a guerra, não havia condições para a produção agropecuária nos países envolvidos), bem como - e principalmente - por interromper o fornecimentos de produtos manufaturados que os países envolvidos na primeira guerra mundial (industrializados) enviavam aos países da América Latina. Com isso, acelerou-se o desenvolvimento das capacidades de produção dos países da América Latina, acelerado a industrialização que se iniciava no Brasil, na Argentina, e no México, dentre outros.
Ao final da primeira guerra, houve um considerável aumento das exportações, exemplificada pelo crescimento anual de 9,8% das exportações chilenas entre 1915 e 1919, seguido por um aumento de apenas 0.6% entre 1920 e 1924.
De modo semelhante, durante a Segunda Guerra Mundial houve uma nova desarticulação do comércio internacional, possibilitando o desenvolvimento da América latina através da industrialização de substituição, haja vista a limitada competição com os importados, pois os países europeus estavam destruídos e os Estados Unidos estavam concentrados na guerra. Como exemplo desse período, temos o Brasil com o aumento da participação da industrialização no PIB, passando de 14,5 em 1939 para 21,2% em 1950. Além disso, intensificou-se a demanda por produtos agrícolas e minerais produzidos na região.
Entretanto, ainda hoje, boa parte da balança comercial brasileira, por exemplo, é baseada na exportação de produtos primários ( nos seis primeiros meses de 2013, eles representaram 47,6% das exportações).
Nesse sentido, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Além de grande flutuação no preço desses produtos, com momentos de alta e de queda bastante fortes, deferente do que ocorre com produtos industrializados. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Assim, estimada Ingrid, essa situação contribui para a pobreza da América Latina. Vale ressaltar que essa posição da América Latina enquanto uma região subdesenvolvida não depende, apenas, da vontade de sua população. É preciso investimento de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercados. Isso implica em posicionamentos políticos de longa duração, apoio das empresas, bem como um contexto internacional favorável.
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Produzimos e vendemos matéria prima e outros para os países de " 1º mundo" e vendemos a " preço de banana", quando essas matérias primas voltam através de produtos ao nosso país tem um valor absurdo.
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