Portugal não tinha dinheiro para empreender a colonização. Asolução foi recorrer à inciativaprivada. IDENTIFIQUE a que “solução” o trecho acima se refere. EXPLIQUE sua resposta
Respostas
A solução para o projeto colonizador português nas terras americanas partia de experiências já realizadas em algumas ilhas, como a Ilha da Madeira e Cabo Verde, através das capitanias hereditárias, com o objetivo de transferir os principais gastos do empreendimento colonizador para particulares. Muitos, inclusive diziam algo semelhante a "tenho de conquistar por polegada as terras que o rei me dá em quilômetros", divido ao combate dos índios e franceses.
Vale recordar que a colonização ou invasão das terras que hoje formam o Brasil por Portugal requeriam um alto investimento. Seria o comparável, aproximadamente, a irmos, na atualidade, conquistar Marte (o planeta vermelho) .
Em tempos anteriores (afinal esse território ficou 30 anos sem um projeto organizado de colonização), não houve estímulo à colonização devido ao pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeriam a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo (troca de bugigangas com os índios).
Além disso, não havia uma população tão grande em Portugal como a que existia na Espanha, de modo que era mais interessante, do ponto de vista do lucro financeiro, investir em navios para ir às Índias, ou cultivar a cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira, haja vista estarem mais próximas do continente europeu.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e Portugal desenvolveu a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar o território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía. Além disso, franceses e outros povos ameaçavam o domínio do território por Portugal em razão de acordos com os índios de modo a obter o pau-brasil e outros recursos importantes, como a pimenta.
Nesse sentido, a distância de Portugal, o ataque de índios e dos franceses, bem como desafios técnicos e administrativos requeriam uma resposta mais rápida que os dois meses de espera que as viagens de navios movidos à vento ofereciam. Assim, exceto por Pernambuco e São Vicente, as capitanias hereditárias sem uma intervenção estatal mais próxima não conseguiu realizar a colonização do enorme território que Portugal pretendia invadir na América.
Para mudar essa situação, Portugal instalou o Governo-geral do Brasil, que serviu ao interesse português de aumentar o sucesso do projeto colonizador, ao auxiliar os donatários das capitanias hereditárias, bem como coibir abusos destes e estabelecer procedimentos de cooperação entre as capitanias, além, é claro, de recolher impostos e evitar a sonegação e outros meios de tentarem enganar a metrópole.
Resposta:
Prezado Sidney,
A solução para o projeto colonizador português nas terras americanas partia de experiências já realizadas em algumas ilhas, como a Ilha da Madeira e Cabo Verde, através das capitanias hereditárias, com o objetivo de transferir os principais gastos do empreendimento colonizador para particulares. Muitos, inclusive diziam algo semelhante a "tenho de conquistar por polegada as terras que o rei me dá em quilômetros", divido ao combate dos índios e franceses.
Vale recordar que a colonização ou invasão das terras que hoje formam o Brasil por Portugal requeriam um alto investimento. Seria o comparável, aproximadamente, a irmos, na atualidade, conquistar Marte (o planeta vermelho) .
Em tempos anteriores (afinal esse território ficou 30 anos sem um projeto organizado de colonização), não houve estímulo à colonização devido ao pau-brasil, entre outros produtos comerciais interessantes das terras que seriam o Brasil não requeriam a presença continuada no território, haja vista que sua obtenção era mais fácil através do escambo (troca de bugigangas com os índios).
Além disso, não havia uma população tão grande em Portugal como a que existia na Espanha, de modo que era mais interessante, do ponto de vista do lucro financeiro, investir em navios para ir às Índias, ou cultivar a cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira, haja vista estarem mais próximas do continente europeu.
Desse modo, apenas quando o comércio com as Índias e outros países orientais deixou de ser tão rentável e Portugal desenvolveu a tecnologia para o cultivo da cana-de-açúcar nas ilhas de Madeira e Açores, bem como outras nações europeias (especialmente a França) ameaçavam tomar o território que hoje seria o Brasil, Portugal promoveu o sistema de capitanias hereditárias como uma tentativa de colonizar o gigantesco território que possuía. Além disso, franceses e outros povos ameaçavam o domínio do território por Portugal em razão de acordos com os índios de modo a obter o pau-brasil e outros recursos importantes, como a pimenta.
Nesse sentido, a distância de Portugal, o ataque de índios e dos franceses, bem como desafios técnicos e administrativos requeriam uma resposta mais rápida que os dois meses de espera que as viagens de navios movidos à vento ofereciam. Assim, exceto por Pernambuco e São Vicente, as capitanias hereditárias sem uma intervenção estatal mais próxima não conseguiu realizar a colonização do enorme território que Portugal pretendia invadir na América.
Para mudar essa situação, Portugal instalou o Governo-geral do Brasil, que serviu ao interesse português de aumentar o sucesso do projeto colonizador, ao auxiliar os donatários das capitanias hereditárias, bem como coibir abusos destes e estabelecer procedimentos de cooperação entre as capitanias, além, é claro, de recolher impostos e evitar a sonegação e outros meios de tentarem enganar a metrópole.
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