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Resposta:
O primeiro ponto a ser considerado é o da qualidade. A antropologia costumeiramente treina as suas pesquisadoras e pesquisadores com métodos qualitativos. Assim, números, casos, estatísticas ou prevalências têm rosto, trajetória e biografia para as suas pesquisas.
Eles partilham experiências e compõem ambientes singulares. Então, a pandemia precisa ser considerada como uma experiência vivida nos corpos e nas sensibilidades coletivas. Cada experiência conta; faz história. E nós seguimos essas histórias e aprendemos com elas.
O segundo ponto é que é preciso ter em mente que fenômenos globais são sempre atuados a partir de contextos locais. O global se realiza a partir de materialidades e práticas situadas. Como já nos ensinou a antropóloga Anna Tsing em seu livro Friction, converter dados locais em escala global é um modo perverso de fingir universalidade.
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