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Resposta:
As primeiras civilizações orientais se localizavam à margem de grandes rios, como o rio Nilo, que banhava o Egito, e os rios Tigre e Eufrates, que banhavam a Mesopotâmia, motivo pelo qual eram chamadas de civilizações de regadio. Além da proximidade com os rios, esses povos apresentavam outras características em comum, como o governo teocrático, a religião politeísta, o controle das terras pelo Estado e o trabalho compulsório dos camponeses.
Egito
Localizado no nordeste da África, o Egito é descrito como "um presente do Nilo", uma vez que foram as águas desse rio que permitiram seu desenvolvimento em meio ao deserto. De fato, o Egito vivia basicamente da agricultura, tendo desenvolvido um sistema de irrigação que permitiu uma ampla produção agrícola e o sustento de um grande número de pessoas. Como as terras eram do Estado, os camponeses pagavam com seu trabalho pelo direito de cultivá-las, e durante a entressafra eram empregados na construções de edificações faraônicas, como templos, palácios e pirâmides. A pesca, a pecuária, o artesanato e o comércio eram atividades secundárias. Chefe de um Estado centralizado, o faraó era visto como um intermediário indispensável entre os deuses e os homens, encarregado de manter a ordem no mundo terrestre. Adeptos do politeísmo, os egípcios acreditavam em muitos deuses e cultuavam animais sagrados. A única tentativa de implantação do monoteísmo ocorreu durante o governo de Amenófis IV, que defendia a existência de um único Deus, chamado Aton, mas não prosperou por muito tempo. A civilização egípcia também cultuava os mortos e acreditava que, após a morte, a alma precisaria do corpo para subsistir, motivo pelo qual o mesmo deveria ser preservado da putrefação. Para tanto, os corpos eram mumificados e depositados em grandes monumentos em formato de pirâmides, o que revelava o amplo conhecimento dos egípcios nas áreas de Medicina, Física e Geometria. Os egípcios desenvolveram a escrita por meio dos hieróglifos, que consistem na escrita organizada mais antiga do mundo. Considerada uma escrita sagrada, era dominada somente por sacerdotes, membros da realeza e escribas. A decifração dos hieróglifos que compunham a Pedra de Roseta foi de fundamental importância para o conhecimento da civilização egípcia. Apesar de ser uma das mais antigas civilizações, pouco se sabia sobre o Egito antes da descoberta da Pedra de Roseta, encontrada pelas tropas de Napoleão Bonaparte no ano de 1799.
Mesopotâmia
O nome Mesopotâmia significa "entre rios", fazendo referência à localização da região, que fica entre os rios Tigre e Eufrates. A inundação provocada pelas cheias desses rios entre os meses de março e maio resultava em uma terra fértil, o que possibilitou o desenvolvimento das primeiras civilizações agrícolas de que se tem conhecimento. Diferentemente de outras civilizações da Idade Antiga, a Mesopotâmia não consistia em um Estado unificado, mas sim em diversos povos que dominaram a região em diferentes momentos, como os sumérios, os acádios, os assírios e os babilônios. Fundada por volta de 1900 a.C., a primeira dinastia babilônica teve como principal representante Hamurabi, que consolidou as leis da época no famoso Código de Hamurabi, considerado a origem do Direito escrito, e cuja legislação mais famosa é a Lei de Talião, baseada na equivalência entre o crime e a pena e simbolizada pela expressão "olho por olho, dente por dente". O Império Babilônico chegou a dominar toda a Mesopotâmia, mas, por volta do século VI a.C., sob o comando de Ciro II, o Império Persa dominou a região, acabando com uma das civilizações mais antigas de que se tem conhecimento. Dentre as heranças deixadas pelas civilizações mesopotâmias merecem destaque, além do Código de Hamurabi, a escrita cuneiforme, desenvolvida pelos sumérios; os Jardins Suspensos e a Torre de Babel, construídas por Nabucodonosor II, imperador do Segundo Império Babilônico; além de ensinamentos no campo da Matemática, da Astronomia e da Astrologia.
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