Respostas
Resposta:
Ao debatermos sobre as instabilidades do período regencial, muito se fala sobre as disputas políticas concebidas na época. As diferenças políticas entre liberais e conservadores seria ponto fundamental na promoção dos levantes que se engendram entre 1831 e 1840. Contudo, apesar da relevância das questões políticas, não podemos deixar de falar sobre a situação econômica do Brasil na época, que também influiu nas agitações que ameaçaram a ordem regencial.
Os problemas econômicos vividos na Regência estavam intimamente ligados às catastróficas medidas adotadas durante os períodos Joanino e no Primeiro Reinado. Prestes a voltar para sua terra natal, o rei Dom João VI tomou os recursos financeiros disponíveis nos cofres públicos. Logo em seguida, D. Pedro I gastou fortunas para conter revoltas e pagar dívidas junto ao nosso maior credor, a Inglaterra.
Se, por um lado, a desventura de nossos dirigentes políticos impedia o crescimento econômico, outras questões de ordem internacional também prestavam sua devida contribuição. Na região Nordeste, a produção açucareira sofria os impactos impostos pela concorrência Antilhana e a produção de açúcar de beterraba na Europa. Por isso, as sacas de açúcar brasileiras tiveram seu valor depreciado, prejudicando várias regiões econômicas nordestinas.
A possibilidade de se modernizar a economia industrial por meio da importação de maquinário também era bastante complicada. A crise do setor financeiro impedia a realização de linhas de crédito destinadas à criação de novas indústrias. Além disso, boa parte dos recursos disponíveis eram gastos com a obtenção dos produtos ingleses, que faziam concorrência por conta de seu preço acessível e a visível qualidade de suas mercadorias.
A economia algodoeira também apresentava números tímidos mediante a concorrência do mesmo produto cultivado em terras norte-americanas. A mesma situação competitiva prejudicava igualmente a exportação de outros gêneros como o couro, o fumo, o cacau e o arroz. Com isso, podemos perceber que o setor agrícola como um todo passava por uma fase bastante complicada, permitindo o acirramento dos ânimos contra a inoperância política do governo central na economia.
A economia brasileira só deu sinais positivos com a rápida ascensão de um produto que começou a ser explorado durante a regência: o café. A ampliação de seu mercado consumidor formou uma elite de grandes produtores agrícolas assentados no uso da grande propriedade e da mão de obra escrava. Nesse primeiro momento, o Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo, foi a principal área de produção cafeeira.
Resposta:
Ao debatermos sobre as instabilidades do período regencial, muito se fala sobre as disputas políticas concebidas na época. As diferenças políticas entre liberais e conservadores seria ponto fundamental na promoção dos levantes que se engendram entre 1831 e 1840. Contudo, apesar da relevância das questões políticas, não podemos deixar de falar sobre a situação econômica do Brasil na época, que também influiu nas agitações que ameaçaram a ordem regencial.
Os problemas econômicos vividos na Regência estavam intimamente ligados às catastróficas medidas adotadas durante os períodos Joanino e no Primeiro Reinado. Prestes a voltar para sua terra natal, o rei Dom João VI tomou os recursos financeiros disponíveis nos cofres públicos. Logo em seguida, D. Pedro I gastou fortunas para conter revoltas e pagar dívidas junto ao nosso maior credor, a Inglaterra.
Se, por um lado, a desventura de nossos dirigentes políticos impedia o crescimento econômico, outras questões de ordem internacional também prestavam sua devida contribuição. Na região Nordeste, a produção açucareira sofria os impactos impostos pela concorrência Antilhana e a produção de açúcar de beterraba na Europa. Por isso, as sacas de açúcar brasileiras tiveram seu valor depreciado, prejudicando várias regiões econômicas nordestinas.
A possibilidade de se modernizar a economia industrial por meio da importação de maquinário também era bastante complicada. A crise do setor financeiro impedia a realização de linhas de crédito destinadas à criação de novas indústrias. Além disso, boa parte dos recursos disponíveis eram gastos com a obtenção dos produtos ingleses, que faziam concorrência por conta de seu preço acessível e a visível qualidade de suas mercadorias.
A economia algodoeira também apresentava números tímidos mediante a concorrência do mesmo produto cultivado em terras norte-americanas. A mesma situação competitiva prejudicava igualmente a exportação de outros gêneros como o couro, o fumo, o cacau e o arroz. Com isso, podemos perceber que o setor agrícola como um todo passava por uma fase bastante complicada, permitindo o acirramento dos ânimos contra a inoperância política do governo central na economia.
A economia brasileira só deu sinais positivos com a rápida ascensão de um produto que começou a ser explorado durante a regência: o café. A ampliação de seu mercado consumidor formou uma elite de grandes produtores agrícolas assentados no uso da grande propriedade e da mão de obra escrava. Nesse primeiro momento, o Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo, foi a principal área de produção cafeeira.
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