• Matéria: Artes
  • Autor: ChaySoaresRodrigues
  • Perguntado 6 anos atrás

Alguém pode me ajudar por favoor? Desenvolver uma linha do tempo, de um gênero musical de sua escolha. (Pode ser qualquer gênero musical)

Respostas

respondido por: fabiolaconceicao2020
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Resposta:

Linha do tempo do rap nacional

1999 – O rap nacional havia acabado de ganhar notoriedade com os Racionais MC’s, que lançaram o clássico “Sobrevivendo no Inferno” dois anos antes e foram os grandes vencedores do prêmio VMB, da MTV, no final de 1998, na categoria Escolha da Audiência. A música Diário de um detento foi exaustivamente tocada na grande mídia e alçou o grupo a um patamar nunca antes conhecido por um artista do gênero.

2000 – Foi o ano de Xis. O paulista da zona leste havia lançado o disco “Seja Como For” em 99 pela 4P, seu selo ao lado de Kl Jay, dos Racionais, e ganhou o VMB com o melhor clipe de rap, pelo vídeo de Us mano, as mina. Com isso, ganhou visibilidade e relançou o disco pela Trama em 2000. Foi nesse ano também que a dupla de presidiários Afro-X e Dexter lançou o primeiro trabalho do 509-E, o elogiadíssimo “Provérbios 13”, diretamente do Carandiru para o resto do Brasil.

2001 – Foi a vez de um outro grande ídolo nascer para o público. Com malandragem e desenvoltura únicas, Sabotage lançou seu primeiro disco solo, “Rap é Compromisso”, indiscutivelmente um dos melhores álbuns da década, e ganhou a simpatia de grandes expoentes da mídia brasileira. Além dele, Rappin Hood, o “negrinho magrelo com uma mancha no olho”, que já havia feito muito barulho com a música Sou Negrâo, uma ousada mistura de rap com samba, se estabeleceu definitivamente no cenário com seu disco de estreia, “Sujeito Homem”.

2002 – O ano de 2002 foi marcado por uma grande produção de rap nacional, com músicas influenciadas por samba, soul e MPB. Foi um ano em que surgiram dezenas de boas novidades, mas nada alcançou o barulho que fez o disco duplo dos Racionais MC’s, “Nada Como um Dia Após o Outro Dia”, que consagrou o grupo como hors concours do gênero.

2003 – O ano começou com a triste morte de Sabotage, que foi assassinado na zona sul de São Paulo, e iniciou um processo de decadência no rap brasileiro. Se, assim como nos EUA, por aqui também tivemos uma Golden Age, podemos dizer que nossos Anos Dourados foram do fim da década de 90 até 2003. De qualquer forma, continuamos tendo alguns bons lançamentos, como o “A Procura da Batida Perfeita”, segundo disco solo de Marcelo D2, que fez sua carreira decolar definitivamente.

Outra boa novidade foi o “Evolução é uma Coisa”, segundo disco do RZO, que apresentou ainda uma legião de novos rappers, integrantes da chamada Família RZO, entre eles: DBS, Marrom, Nego Vando, Negra Li, Negro Útil, Pixote e o próprio Sabotage. O grupo, inclusive, integrou no fim deste mesmo ano o evento Hip Hop Manifesta, em Floripa e no Rio de Janeiro, patrocinado por uma marca de cerveja e que causou muita polêmica no meio do rap, com alguns artistas (como os Racionais) sendo contrários à participação. Este também foi um momento chave para entendermos o distanciamento do rap com a grande mídia que ocorreu nos anos posteriores, pois foi mais um dos fatores que contribuíram para esse “esfriamento”.

Outros álbuns importantes: Mzuri Sana – Bairros, cidades, estrelas e constelações; Mamelo Sound System – Urbália; DBS e a Quadrilha – O Clã da Vila; B Negão e os Seletores de Frequencia – Enxugando Gelo; Clã Nordestino – A peste negra; DMN – Essa é a cena; Facção Central – Direto do Campo de Extermínio; Consciência Humana – Agonia do Morro; Slim Rimografia – Financeiramente Pobre

Só consegui isso ┑( ̄Д  ̄)┍

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