• Matéria: Geografia
  • Autor: carolzinhalagearaujo
  • Perguntado 6 anos atrás

Caracterize a Nova Ordem Mundial, apontando as principais mudanças econômicas, políticas e culturais ocorrida neste período. ​

Respostas

respondido por: martinsbabimaria
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Resposta:

A Nova Ordem Mundial é o atual panorama internacional demarcado pelas relações e disputas de poder entre os Estados Nacionais e pelas relações de equilíbrio entre eles. A emergência desse contexto é associada ao término daquilo que se convencionou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser considerado bipolar, recebendo novas designações.

Com os eventos que anunciaram o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim e a dissolução do bloco socialista, o então presidente dos Estados Unidos em 1991, George H. Bush, anunciou a emergência de uma “nova ordem mundial”. Essa ordem seria marcada, então, pelo fim da rivalidade entre soviéticos e estadunidenses, anunciando a solidez de organizações internacionais como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a consolidação do modelo de estruturação dos blocos econômicos, até então em ascensão.

Uma das características básicas que marcaram a transição da bipolaridade para a Nova Ordem Mundial foi a mudança do padrão internacional de poder. Antes, o poderio de uma nação era medido pela sua capacidade bélica, tanto em termos estratégicos quanto em recursos tecnológicos, nas chamadas “corrida armamentista” e “corrida espacial”. Atualmente, são os níveis de desenvolvimento econômico os principais determinantes para configurar as relações internacionais, embora o plano militar ainda exerça uma considerável influência.

Apesar disso, ainda há caracterizações da atual ordem mundial como sendo unipolar, uma vez que o poderio bélico dos Estados Unidos é absolutamente superior ao das demais nações do globo terrestre. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do volumoso arsenal soviético, não se sabe a sua capacidade econômica para mantê-lo, uma vez que a tecnologia nuclear demanda muitos custos de manutenção e esse país encontrou-se nos anos 1990 em uma profunda crise econômico-social.

Por outro lado, levando em conta os critérios econômicos e as respectivas ascensões nesse campo por Japão, União Europeia e, mais recentemente, pela China, boa parte das análises afirma que a Nova Ordem Mundial é do tipo multipolar, ou seja, demarcada pela confluência de diferentes potências econômicas que estabelecem o equilíbrio das relações de poder internacionais.

Por fim, em uma perspectiva de unir essas duas concepções, fala-se de uma ordem mundial unimultipolar, ou seja, uma abordagem que não desconsidera nem o poderio econômico hegemônico dos Estados Unidos nem as novas relações econômicas mundiais.

As novas formas de regionalização do mundo

Durante o período da Guerra Fria, convencionou-se regionalizar o plano político mundial em três “mundos”. O 1º mundo seria formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida; o 2º mundo, pelos países socialistas ou de economia planificada, e o 3º mundo, pelos países subdesenvolvidos. Além disso, com a rivalidade entre capitalistas e soviéticos, as relações de poder eram demarcadas pela oposição leste x oeste.

No entanto, a derrocada desse segundo mundo tornou tal regionalização obsoleta e sem muito sentido, pois não haveria modos de se falar de primeiro e terceiro mundos sem a existência de um segundo. Além disso, as distinções – que, como vimos, abandonaram o plano militar e agregaram o plano econômico – deixaram de ser marcadas pelo leste contra o oeste, mas passaram a ser delimitadas pela oposição norte x sul. Ao norte, temos a maioria das economias consideradas desenvolvidas e, ao sul, as economias consideradas subdesenvolvidas e emergentes. Observe o mapa a seguir:

Anexos:
respondido por: RaoBBP
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*Velha Ordem:* Com o fim da Segunda Guerra Mundial, enquanto a Europa Ocidental ainda se recuperava de duas grandes guerras, o mundo observava o surgimento de duas grandes potências, a União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América (EUA). A bipolaridade deste momento e o enfrentamento ideológico com o objetivo de aumentar áreas de influência marcava a Ordem Mundial do período e eram a expressão clara da geopolítica da Guerra Fria. Neste momento, podemos dividir o mundo em três grandes grupos segundo influência:

O Bloco Capitalista: Liderados por EUA – Europa Ocidental, América do Norte, Coréia do Sul e Japão.

O Bloco Socialista: Influenciados pela URSS – Leste Europeu e Balcãs, Cuba, Coreia do Norte e China.

O Terceiro Mundo: O Grupo que pregava o não alinhamento, pois o terceiro mundo tinha questões mais urgentes para resolver. Iniciado na conferencia de Bandung e tendo como principais figuras Nasser, do Egito, e Tito, da Iugoslávia.

Embora o mundo convivesse sempre na iminência de um desastre nuclear, o equilíbrio pelo medo sempre se fez presente. Uma guerra “quente” entre as duas potências militares do período seria uma ameaça à própria existência do ser humano no planeta, já que os poderes de destruição possuíam uma escala planetária extremamente grande. As estratégias encontradas ficavam no campo da propaganda, no poder da exibição e no patrocínio de outros países para aliviar tensões militares, portanto, podemos destacar as principais estratégias como sendo:

A propaganda através de filmes, séries, quadrinhos e todo tipo de material cultural que possa reforçar o sentimento de “nós”e “eles”. No campo dos quadrinhos, podemos destacar o Capitão América e o Caveira Vermelha como claros exemplos desta estratégia.

A exibição de mísseis, poder tecnológico, bombas e paradas militares com o objetivo de mostrar a superioridade; a corrida armamentista é uma das principais características do período e diversas armas em circulação hoje foram produzidas neste momento da história.

Patrocínio e treinamento para conflitos regionais de terceiros: com essa estratégia, as duas principais potências poderiam levar a guerra para longe dos seus territórios e disputar o controle político-territorial, além de reforçar a posição geopolítica, sem perdas econômicas dentro de sua nação, sem o confronto direto e sem a perda de vidas nos seus território.

*Nova Ordem:* A posição indiscutível dos Estados Unidos como potência econômica e militar, influenciando a economia mundo e a geopolí

Logo após a derrubada do muro de Berlim e a posterior dissolução da URSS, o mundo deixou de existir sobre a égide geopolítica da bipolarização. Não havia dúvidas de que os Estados Unidos eram a maior potência militar e econômica do mundo. O  planeta que a queda do muro de Berlim inaugura é marcado pela intensa globalização, pelo grande poder de influência estadounidense e, mais do que nunca, dos blocos econômicos e transações comerciais. Por isso, podemos destacar algumas das muitas características da nova ordem mundial como sendo:

A globalização; o mundo agora está interligado em diversas frentes, seja economicamente, culturalmente ou politicamente.

Os blocos econômicos; com o êxito das integrações europeias, os países nesta nova ordem procuram através de blocos, tratados bilaterais e uniões aduaneiras, aumentar seu poder de barganha e de influência econômica no mundo.

Contudo, mesmo com a supremacia militar norte-americana, o campo das relações internacionais e da política caminha em águas turvas neste novo período. A globalização e as relações econômicas deixaram os países mais dependentes entre si. Uma guerra de grandes proporções é sempre evitada. Após as recentes intervenções militares fracassadas no oriente médio, a política dos EUA é mais diplomática e seu poder militar, embora ainda o mais preponderante, menos eficaz. Além destes dois pontos citados, é preciso realçar que a nova ordem mundial se apresenta como um período de grandes incertezas, uma vez que diversos atores estão surgindo a todo instante, sejam eles econômicos, como os BRICS, ou terroristas, como o Estado Islâmico, relativizando e criando novos cenários geopolíticos. Portanto, resumindo os principais pontos abordados, podemos destacar:

Os novos cenários colocados pela globalização, com diversos espaços políticos de mediação e deliberação internacional; a extrema dependência econômica relativiza o poder militar dos países, tornando a diplomacia a principal estratégia para resolução de conflitos.

As intervenções militares fracassadas que criaram inimigos piores, como a investida militar no solo Iraquiano e o vazio institucional que corroborou para a criação do Estado Islâmico, relativizou o poder da guerra e da força, criando um momento de incertezas quanto ao poder militar e a eficácia desta estraté

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