Texto para a questão. Visão do Correio: Precisamos matar menos no trânsito Se houver vontade política e investimento, muitas vidas podem ser poupadas Os acidentes de trânsito no Brasil são a SEGª causa de morte entre as causas externas de fatalidades. Em 2017, 35374 pessoas perderam a vida, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Essas mortes correspondem a 50,2% dos óbitos entre adultos e jovens com idades entre 15 e 39 anos. O custo para o Sistema Único de Saúde (SS) com as internações de feridos é alto: em 2018, r$ 265,2 milhões foram gastos no tratamento de sobreviventes das estradas. Para além dos números de óbitos, dos que sobreviveram com sequelas — em 21% das internações entre os anos de 2000 e 2016, o diagnóstico sugeriu sequela física dos pacientes — e do dinheiro usado para atender os feridos, é preciso entender que as tragédias familiares diárias podem e precisam ser evitadas. O Brasil tem inúmeros exemplos bem-sucedidos para seguir. Os países com resultados mais eficazes na redução de mortes no trânsito adotarm o modelo semelhante ao que a Suécia chamou de “Visão Zero”. Em linhas gerais, os gestores de lá trabalham com a visão de um sistema seguro, ou seja, em vez de esperar do motorista um comportamento exemplar, o poder público faz com que o sistema de trânsito funcione de tal modo, que as pessoas fiquem menos expostas a fatalidades. O que se faz para ter um sistema seguro? Há diferentes caminhos e um não exclui o outro: redução da velocidade das vias; diversidade, eficiência e acesso a diferentes modos de locomoção — deslocamentos a pé, de bicicleta, de m.erô, de ônius, de trens e VL[Ts —; as zonas 30, regiões onde a velocidade máxima dos veículos é de 30km./h, têm sido uma opção em diferentes cidades do mundo, Antuérpia (Bélgica); Nova York (EUA) e Londres (Inglaterra) estão entre elas. Aliás, ano passado, o prefeito de Londres ado;tou formalmente o conceito de Visão Zero e estabeleceu como meta eliminar mortes e lesões graves decorrentes de acidentes automobilísticos até 2041. Até lá, há metas menos ousadas para serem cumpridas e que servirão para m.onitorar as açõe do programa. Para citar um exemplo de sucesso mais próximo da realidade brasileira, podemos falar sobre a transformação ocorrida em Bogotá (Colômbia) a partir da implantação do pro.jeto conhecido como Transmilê.nio, inspirado no “Ligei.rinho”, de C.uritiba. Mais do que melhorar o transporte de massa, o poder público tinha uma clara preocupação com a requalificação do espaço público: aumentou as áreas destinadas às calçadas, reduziu bol.sões de estacionamentos, restringiu a circulação de automóveis em algumas regiões, ampliou as áreas verdes e investiu em ciclovias. Em uma década, as mortes em Bogotá caíram pela metade. No Brasil, o Programa Vida no Trânsito reúne estratégias para cumprir a meta da década, de reduzir pela metade as mortes nas vias no período 2010-2020. O país não atingirá o obj.etivo. De 2010 a 2017, a redução das mortes foi de 17,4%. No entanto, em municípios onde o Via no Trânsito está sendo executado, os resultados são positivos, com quedas até maiores que 50%. É o caso de Ar.acaju (-55,8%) e Porto Velho (-52%). Em outras capitais, como São Paulo (-44,6%), Belo Horizonte (-44,7%) e Salvador (-42,7%), os avanços foram consideráveis. Mas, como o Vida no Trânsito não alcançou a maioria das cidades, o impacto global ficou aquém do esperado. Mas serviu para provar que, se houver vontade política e investimento, mais vidas serão poupadas. noticia/op.iniao/2019/10/13/internas_opin,iao,797112/visao,do-correio-precisamos-matar-menos-no-tr.ansito.shtml. Com relação às estratégias argumentativas do texto, é correto afirmar que o editorial A usa a primeira pessoa do plural no título (“precisamos”) para evitar o efeito de generalização. B apresenta dados estatísticos para abordar o tema com distanciamento e imparcialidade, sem opinar sobre ele. C utiliza exemplos inadequados de países como a Suécia, a Inglaterra e a Bélgica, já que o Brasil é um país subdesenvolvido. D recorre a dados estatísticos de acidentes no trânsito, preocupado exclusivamente com o alto custo das internações para o Sistema Único de Saúde (SS). E faz uma analogia entre a Colômbia e o Brasil para mostrar que o programa “Transmilêno” é um exemplo positivo de redução de mortes no trânsito.
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poupar vidas
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studymds2020:
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