1. Com o fim da guerra fria e da bipolaridade entre Estados Unidos e União Soviética,
como ficou a relação entre esses países?
Respostas
O fim do conflito bipolar que emergiu a seguir à Segunda Guerra Mundial foi súbito e inesperado. Não só ninguém previu o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), como até bem próximo desse acontecimento a maioria da literatura de relações internacionais, bem como muitos decisores políticos norte-americanos, acreditava que os soviéticos gozavam de paridade ou mesmo superioridade estratégica2. Além disso, na primeira metade da década de 1980, as relações entre Washington e Moscovo eram bastante tensas, com o presidente Ronald Reagan a descrever a União Soviética como o «império do mal» e os líderes desta a chegarem ao ponto de acreditar que os Estados Unidos estavam a preparar um ataque nuclear preventivo contra o seu país3. É certo que a situação se alterou radicalmente a partir de 1984/1985, tendo-se verificado após esse momento os mais amplos e significativos acordos ao nível dos armamentos estratégicos de toda a Guerra Fria4. Porém, a tensão e a desconfiança nunca desapareceram por completo. Este artigo tem como objetivo responder a duas questões centrais. Em primeiro lugar, por que razão terminou o conflito Leste-Oeste quando nada o fazia prever. Em segundo lugar, qual o papel dos Estados Unidos nesse resultado.