• Matéria: Português
  • Autor: jao316
  • Perguntado 6 anos atrás

Nasci na Itália e vim pequena para o Brasil. Meu pai era lavrador e trabalhou duro nas

fazendas de café. Ganhava pouco, mas, com muita economia, conseguiu juntar dinheiro e

mudamos para a cidade de São Paulo, em 1900. Foi uma emoção viajar naquele trem que

soltava fagulhas pela chaminé!

Fomos morar em uma casa pequena, mas o quintal era enorme. Tinha horta; galinheiro;

forno de barro para fazer pães e pizzas; duas cabras e um porco.

De tardezinha, a gente brincava na rua. Nem era preciso olhar para os lados, porque não

tinha carros naquele tempo. Para ir de um lugar para outro, só a pé, a cavalo ou nos bondes

puxados a burros.

Quando escurecia, passava o acendedor de lampiões, carregando uma vara comprida,

com fogo na ponta, e, com ela, ia acendendo os bicos de gás dos postes. Quando a eletricidade

chegou, muita coisa mudou. Os lampiões a gás foram substituídos pelas lâmpadas elétricas.

Chegou o rádio e a família toda ficava ouvindo as notícias e as novelas. Chegou também o

cinema, que, naquele tempo, tinha imagem, mas não tinha som. A inauguração dos bondes

elétricos foi uma emoção. Todo mundo foi ver. Ele passou descendo a ladeira, e a molecada foi

correndo atrás...

No fim de semana, a diversão preferida era o futebol. Foram os ingleses que trouxeram

este esporte para o Brasil e todo mundo gostou. Cada bairro tinha seu time e muitos campinhos

de futebol. Os rios eram tão limpos que neles a gente nadava e fazia competições de natação.

Os primeiros automóveis foram uma sensação. No começo eram poucos, mas foram

aumentando e tomando conta da cidade. Os cheiros e barulhos mudaram.

A cidade foi mudando cada vez mais depressa e a vida da gente também. As novidades

foram chegando: panelas de alumínio, geladeira, liquidificador, aspirador de pó, fogão a gás,

objetos de plástico, roupas de náilon e, por fim, a melhor das novidades – a televisão. Mas quem

era pobre só conseguiu comprar essas coisas depois que elas começaram a ser fabricadas no

Brasil.

São Paulo foi crescendo sem parar. Dizem que é a cidade que mais depressa cresceu em

todo o mundo, e isso era motivo de grande orgulho para os paulistas[...]


Questão 12 – Na construção do texto, a autora utiliza uma linguagem:

a) científica

b) literária

c) didática

d) jornalística​

Respostas

respondido por: anacaroliny3006
3

Letra B

Pois ela está contando uma lembrança dela.

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