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Explicação:
A primeira coisa que precisamos avaliar antes de discutir como as notícias impactam no preço é saber como o mercado precifica essas ações.
Eu costumo fazer uma analogia com outros tipos de negócios a fim de facilitar e simplificar o raciocínio, e o mercado de estacionamentos, padarias, postos de gasolina e lotéricas são bons exemplos da estrutura de precificação.
Você sabia que estacionamentos são negociados por quanto eles “rendem” mensalmente? Esse tipo de negócio costuma ser avaliado multiplicando o lucro mensal (ou faturamento) por uma quantidade de meses.
Por exemplo, se um estacionamento gera lucro mensal de R$ 15.000,00 a negociação do ponto deve variar entre 25 e 40 vezes esse lucro, dependendo de diversas condições como localização, duração do contrato de locação e outros.
Digamos que você compre um estacionamento a 30 vezes lucro líquido, ou seja, investiu R$ 450.000,00.
Agora digamos que logo depois da compra você fez uma reforma simples no estacionamento e ele passou a gerar R$ 17.000,00 por mês. Concorda comigo que se você fosse vender hoje, você iria pedir 30 vezes R$ 17.000,00, ou seja, R$ 510.000,00?
Da mesma forma, se o proprietário decidir aumentar o aluguel da propriedade, o que reduziria seu lucro para R$ 13.000,00, seu estacionamento valeria R$ 390.000,00.
Toda precificação depende do futuro e não do passado!
Nas ações não é diferente, mas ao invés de lucro, os grandes participantes do mercado projetam todo caixa futuro da empresa (receita, custos, investimento, amortizações, etc) e trazem esse fluxo para o valor presente, chegando ao que seria o “preço estimado” das ações.
Obviamente que o preço estimado é diferente do preço negociado no mercado, porque eles só seriam iguais caso todas as previsões de caixa futuro fossem concretizadas.
No exemplo do estacionamento, hoje ele gera R$ 15.000,00 por mês e, portanto vale R$ 450.000,00 (preço de mercado). Se houver uma reforma e ele passar a gerar R$ 17.000,00, o valor dele vai para R$ 510.000,00 (preço estimado).