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Resposta:
Ao analisarem o consumo de cada nutriente e o número de mortes, os pesquisadores constataram que dietas com 77% das calorias equivalentes a carboidratos foram associadas a um risco de morte 28% maior do que aquelas que tiveram uma alimentação com 46% das calorias referentes a esse nutriente. Por outro lado, indivíduos que consumiam 35% de gordura na dieta apresentaram um risco de morte 23% menor do que aqueles que ingeriam 23% de gordura.
A primeira ressalva que deve ser feita sobre esse estudo refere-se à quantidade excessiva de carboidratos associada a um maior risco de morte, explica a dra. Claudia Cozer Kalil, endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. “O consumo de 77% das calorias com carboidrato é muito mais elevado que os 35% a 56% recomendados em outros estudos”, comenta a médica.
Já o consumo de gordura equivalente a 35% das calorias nem sempre é alto. Desde 2003, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, por exemplo, passou a recomendar que o consumo de gordura não ultrapasse os 35% das calorias consumidas e não mais os 30%, sugeridos anteriormente.
Para indivíduos adultos saudáveis, a recomendação média é de que o consumo de nutrientes não ultrapasse os seguintes valores:
Carboidratos – 55% das calorias consumidas.
Gorduras – 35% das colorias consumidas.
Proteínas – 20% das colorias consumidas.
No entanto, repare que esses valores, se somados, ultrapassam os 100%. Ou seja, trata-se de uma estimativa de consumo máximo que deve ser levada em conta a partir do estilo de vida de cada um, podendo variar de uma pessoa para outra. Atletas, por exemplo, podem consumir mais carboidratos do que a população em geral, pois irão gastá-los durante os exercícios físicos intensos