Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende, portanto da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada. (Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. Coleção Os Pensadores.) 1. De acordo com essa passagem, pode-se concluir que o valor da ação moral em Kant é determinado: * 1 ponto a) Por sua conformidade ao dever. b) Por sua subordinação ao princípio do querer em geral. c) Pela validade objetiva dos objetos. d) Por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada. e) Pelos objetos que orientam a faculdade de desejar. “Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim.” (Kant, Immanuel. A metafísica dos costumes) 2. Qual das alternativas abaixo explica de forma correta o que Kant está dizendo? * 1 ponto a) Fruto da razão prática, a lei moral da qual fala Kant nessa passagem é o imperativo categórico, uma norma moral universal. b) As leis morais são relativas a cada sujeito, já que estão dentro de cada um de nós. c) A lei moral da qual Kant fala nessa passagem é o nosso bom senso. d) A lei moral da qual fala Kant são as leis de determinado cultura, que dentro daquele país devem ser aplicadas sem distinção de classe, gênero ou raça. e) A lei moral é o imperativo hipotético, onde cada pessoa busca um agir relativo as suas próprias vontades.
Respostas
Resposta: 1A. 2A
Explicação:
Fiz tá certo confia
1) O valor da ação moral para Kant é determinado por sua conformidade ao dever. Logo a alternativa A é a correta.
2) Kant diz que o fruto da razão prática é a lei moral, chamada por ele de imperativo categórico. Logo, a alternativa A é a correta.
A essência do imperativo categórico não consiste em ordenar aquilo que se deve querer, mas sim COMO se deve querer aquilo que queremos. Assim, sua fórmula mais apropriada só pode ser essa:
- “Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre, ao mesmo tempo, como principio de legislação universal”
ou seja, que a tua máxima subjetiva se torne lei universal objetiva. Essa é a única formula que é apresentada na Fundamentação da metafísica dos Costumes e permanece na Crítica da Razão Prática. Na Fundamentação há ainda outras duas fórmulas:
- “age de modo a considerar a humanidade, seja na tua pessoa, seja na pessoa de qualquer outro, sempre também como objetivo e nunca como simples meio”
- “age de modo que a vontade, com a sua máxima, possa ser considerada como universalmente legisladora em relação a si mesma”
A existência da lei moral, ou seja, do imperativo categórico, impõe-se à consciência como “fato da razão”, e esse “fato” só pode ser explicado admitindo-se a liberdade. Portanto, a consciência desse fato (lei moral) não deriva de nada anterior como, por exemplo, da consciência da liberdade, mas sim o contrário: nós adquirimos consciência da liberdade exatamente porque antes de tudo temos consciência do dever .
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/13942317