Respostas
Resposta:
É curioso como alguns adultos afirmam que em suas épocas de escola não existia o “bullying”. Isso é algo da nova geração e está deixando as crianças “fracas”, dizem. A verdade é que o bullying sempre existiu, mas não era tratado com a seriedade necessária. Felizmente, os tempos mudaram e hoje é comum tocar nesse assunto, como faz o livro Extraordinário, lançado por R.J. Palacio em 2012.
Essa é a história do garoto Auggie, que tem uma deformidade facial e está prestes a começar na escola pela primeira vez. Com 10 anos, ele era ensinado em casa pela mãe, mas ela resolve que é hora do menino frequentar uma escola regular. É uma trajetória delicada, que cita inclusive as várias cirurgias pelas quais Auggie passou, mas o grande diferencial é a linguagem simples. Tanto no livro como no filme, quase tudo é narrado pelo ponto de vista de Auggie.
O resultado é um filme delicado, mas que se torna infantil demais. É um caminho seguro para não se aprofundar em algumas discussões pertinentes. O bullying, por exemplo, é abordado no ambiente escolar, inclusive mostrando que a criança que faz esses atos também costuma ter problemas emocionais. Mas tudo é extremamente leve, de uma forma que funciona no livro, mas precisava de mais peso ao ser mostrada nos cinemas. Com temas tão interessantes e atuais, o longa poderia ir mais fundo na questão do preconceito, provocando os que assistem ao longa a um questionamento interno. Ao escolher o caminho simples, o filme se torna agradável de assistir, mas perde a oportunidade de ser mais do que isso.
Explicação:
Filme: o estraordinario.