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Resposta:
como seria a vida do ex-escravo com a abolição. A Lei Áurea não foi acompanhada por nenhuma medida que garantisse o sustento do ex-escravo. A situação, pelo contrário, foi o inverso, pois, conforme mencionado, a lei e o aparato do Estado, muitas vezes, foram utilizados para reprimir os ex-escravos e para podar-lhes a liberdade.
O não acesso às terras que permaneceram nas mãos dos grandes proprietários e ex-donos de escravos foi um problema grave que contribuiu para reforçar o papel de dependência dos ex-escravos em relação aos senhores. As condições ruins e os salários baixos garantiam aos ex-escravos uma posição subalterna e marginalizada na sociedade.
O mesmo aconteceu nas grandes cidades, uma vez que esses libertos, sem oportunidades e sem estudo, eram sujeitos a empregos ruins e mal remunerados. A pobreza e a falta de oportunidades contribuíram para perpetuar essa parcela de ex-escravos em posições marginais de nossa sociedade, o que contribuía, inclusive, para o crescimento da criminalidade. Houve também ex-escravos que optaram por retornar para o continente africano.