• Matéria: Ed. Física
  • Autor: barcelosperesanaluiz
  • Perguntado 6 anos atrás

A busca pelo corpo perfeito, aquele que se encaixa nos padrões de beleza impostos pela

sociedade, pode ser vista diariamente em clínicas, academias ou em rodas de bate-papo sobre aquele

último regime “milagroso”.

Esta obsessão pela imagem leva as pessoas a estabelecerem metas, muitas vezes irreais e

descompassadas, sem medirem sacrifícios nem consequências. Assim, sentir-se bem com o próprio

corpo fica difícil em meio a uma ditadura da estética, que incentiva o uso de drogas, incompatíveis

exercícios físicos ou cirurgias plásticas. Neste vale-tudo, preservar a saúde física e emocional fica

para depois.

É inegável a importância de exercícios físicos e de uma boa alimentação, em qualquer faixa

etária, para o próprio bem-estar físico e mental. Porém, o que se observa hoje, é que este bem-estar

está associado apenas a um padrão de beleza igual ao da(o) modelo da capa de revista, uma vez que

este corpo ideal, na fantasia do indivíduo, irá lhe trazer sucesso.

É também através da imagem corporal que se cria a identidade pessoal. A imagem que a

pessoa tem de si é formada por três pilares: a imagem idealizada ou aquela que se deseja ter; a imagem

que o outro tem sobre ela; e, por fim, a imagem objetiva, aquela em que a pessoa vê e sente o próprio

corpo. Só que a visão real e equilibrada de si, não é aquela que sempre ocorre, daí a cobrança interna

para mudar o corpo.

Associar barriga negativa, ou muitos quilos a menos, à felicidade, gera frustração e problemas

psicológicos como, a bulimia, pra citar um deles, um transtorno alimentar que leva a pessoa a

provocar vômitos ou usar laxantes continuamente para não ganhar peso e ter um corpo esbelto, de

preferência em curto prazo.

Esta busca pela beleza, de acordo com a imagem idealizada, torna algumas pessoas com

ideias fixas e até mesmo doentias, levando-as ao exagero de submeter-se a uma cirurgia plástica para

corrigir uma imperfeição que só ela vê e que, segunda ela, seria a responsável pela sua infelicidade

ou insucesso em algo.

Mas a questão é outra e é isso que cada um deve refletir. A mudança não está na reconstrução

da imagem física e sim na forma como a pessoa se vê, se percebe. Isto está atrelado a sua autoestima,

o que repercute em seu comportamento e nas suas relações sociais. É importante saber diferenciar

isso tudo para não projetar seus insucessos afetivos, sociais ou profissionais nos aspectos físicos.

Compreender como se processa esta dinâmica interna nos transforma em sujeitos que

respeitam a própria individualidade e as diferenças, possibilitando encantar-se com a forma de ser de

cada um.

O belo, sem dúvida, é algo que nos atrai, mas apenas inicialmente. O que nos mantém

fascinados é a admiração que temos pelo outro, fruto da maneira como expressa a sua determinação,

a sua atitude e seus valores.

ATIVIDADE 02 - Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal

e esteve tão em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas

revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, manchetes

publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa

concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem saúde, um corpo

estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora Marylin

Wann, é perfeitamente possível ser gordo e saudável. Frequentemente os gordos adoecem não

por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opressão a que são submetidos.

VASCONCELOS, N.A; SUDO, I; SUDO, N; Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia.

Revista Mal-Estar e Subjetividade. N. 1, mar 2004 (adaptado)

No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe aseguinte crítica:

a) Difusão das estéticas antigas.

b)Exaltação das crendices populares.

c) Propagação das conclusões científicas.

d) Reiteração dos discursos hegemônicos.

e) Contestação dos estereótipos consolidados.​


barcelosperesanaluiz: Me ajudem por favor

Respostas

respondido por: wwwalextrainer
6

Resposta: Gabarito: E

Explicação:

Resolução:

A maneira como a mídia trata a relação entre saúde e corpo é, muitas vezes, estereotipada. O corpo magro é enaltecido em detrimento do corpo gordo, visto como sinal de  falta de saúde ou comedimento, um corpo estigmatizado pelo desvio. No entanto, essa  representação cultural é contrariada no texto, o qual aponta que é perfeitamente possível ser uma pessoa gorda e saudável e, por isso, sugere uma crítica: a contestação dos

estereótipos consolidados.

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