• Matéria: História
  • Autor: karol9876853636
  • Perguntado 6 anos atrás

Conhecendo sobre essas outras pandemias,oque a história pode nos ensinar para superarmos a pandemia do COVID-19

Respostas

respondido por: giovanaap9
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Pode-se dizer que no início da humanidade, quando os grupos não eram nem numerosos e nem mesmo transitavam uns entre os outros, as doenças não passavam de surtos com impactos locais. Entretanto, com o aumento da aglomeração de pessoas em cidades e a circulação no mundo, as epidemias foram se tornando mais recorrentes. Em Atenas, por exemplo, entre os anos de 430 e 428 AC, houvera uma grande epidemia, descrita pelo historiador grego Tucídides. A cidade grega se encontrava em guerra e a aglomeração das pessoas no interior da cidade fez com que uma praga disseminasse rapidamente entre os habitantes e levasse a morte de 25% a 35% dos atenienses. Por muitos anos se discutiu o que teria causado tal enfermidade e apenas no início do século XXI foi encontrado um túmulo com corpos da época e material genético da salmonela, bactéria causadora da febre tifoide.

Já na Idade Média um grande medo se espalhou por toda a Europa depois de já ter causado devastações em localidades chinesas, a peste negra. Ela fez em torno de 100 milhões de mortos entre 1346 e 1353, correspondentes a 40% de toda a população da Europa da época. A disseminação foi rápida ocorreu em um ambiente totalmente insalubre com a forte presença dos vetores de propagação do ciclo da enfermidade. A doença é provocada por uma bactéria, Yersinia pestis, que vai de ratos para humanos pela picada de pulgas. Ela era conhecida desde a antiguidade pelo fato de seus infectados apresentarem grandes furúnculos específicos, que, quando estourados, geravam uma cor escura na pele e levava a morte do paciente em poucos dias.

Há muitos indícios, no entanto, que a doença que fez mais vítimas nas Américas a partir do contato dos indígenas com os europeus foi a varíola. Essa enfermidade existe desde a antiguidade, causada por um vírus de transmissão aérea e com uma taxa de letalidade que chegava a 30% dos infectados. Além do desastre causado nas Américas, essa doença também causou epidemias em várias localidades como no Japão feudal, na Inglaterra do século XVIII e em Belém do Pará nos séculos XVIII e XIX. A primeira vacina desenvolvida na história foi criada para essa doença e a aplicação em massa no século XX levou a sua erradicação na década de 1980. O processo desenvolvido na época, com a aplicação de um vírus em latência, foi repetido na criação de uma série de vacinas contra doenças que já causaram grandes surtos a tempos atrás como o sarampo, a rubéola, a catapora, a coqueluche, a poliomielite, dentre outras. No Brasil, todas essas são fornecidas no Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) e o país ainda conta com pesquisas de ponta na área realizadas pela Fundação Oswaldo Crus (Fiocruz).

Além das epidemias brevemente apresentadas, cabe destaque para dois grupos de vírus que despertam maior preocupação para a humanidade dado suas características e surtos atuais, a gripe e os coronavírus. Os primeiros já são cobertos por vacinas, mas, apresentam uma forte capacidade de mutação e novas cepas surgem todos os anos. Um desses vírus que se renovam com certa frequência é o H1N1 que já havia causado um grande estrago na colonização americana, voltou a ser uma preocupação na Primeira Guerra Mundial com a Gripe Espanhola e reapareceu no cenário mundial com a gripe suína de 2009. O segundo grupo, dos coronavírus, são conhecidos desde a década de 1960, mas, eram considerados de menor virulência até o início desse século quando ocasionaram as epidemias de SARS, MERS e, mais recentemente, o Covid-19. Portanto será dado maior destaque as epidemias ocasionadas por esses organismos.

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