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A novela “A Viuvinha”, de José de Alencar é ambientada no Rio de Janeiro, por volta de 1844. Nessa novela, Alencar conta-nos a história de um rico negociante que deixa órfão, ainda em tenra idade, seu filho Jorge. Entregue aos cuidados de um tutor, Sr. Almeida, amigo estimado por sua inteligência e honradez.
Ao atingir a maturidade e completar seus estudos, Jorge passa a exercer autonomia plena para cuidar do patrimônio de seu pai, entretanto, acredita que sua profissão, mais o dinheiro da venda desse patrimônio lhe confeririam uma vida tranqüila, com menores preocupações e, assim, dele se desfez.
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Viveu durante três anos no delírio proporcionado pelo gozo de sua fortuna, até cansar-se e perceber-se só. Certa noite, atormentado pela solidão e de alma cansada pelas ilusões vividas, não conseguia dormir. Pela manhã, após uma noite às claras, em busca de alívio da alma, abre a janela de seu quarto para tomar ar fresco, ouve os badalos do sino da igreja, como um chamado.
Vestiu-se e foi à missa, ajoelha-se, mas como não soubesse rezar, observa ao redor, até deter seus olhos numa moça de perfil delicado e olhos encantadores, de presumíveis quinze anos. Encantado com sua beleza, ao final do culto decidiu segui-la quando em companhia da mãe, Maria, retornam à casa singela no morro de Santa Tereza.
Jorge decide cortejar a moça que revela-se modesta e pura no convívio feliz com sua mãe. Dois meses se passaram e há um dia do casamento com Carolina, o antigo tutor de Jorge, seu Almeida, lhe faz uma grave confissão: Jorge estava falido por conta de dívidas insolvíveis, por não restarem recursos para salda-los. A fortuna de Jorge extingüira-se.
Jorge entra em grave crise. Há um passo da felicidade, arrepende-se por seus atos passados, por tantos excessos que, agora, manchar-lhe-iam a honra. Atormentado, pensou em desistir do casamento, poupando a pobre Carolina das conseqüências de seus atos impensados; mas deixa-la à beira do consórcio nupcial, não seria para a sua amada uma desonra ainda maior?
Casou-se em uma cerimônia simples, na presença de poucos amigos, inclusive, o Sr. Almeida e durante a comemoração, Jorge chama sua esposa para conversarem. Oferece-lhe uma bebida qualquer que a entorpece e a faz dormir. Jorge, então, deixa-lhe uma carta e sai, à madrugada, ao encontro de um beco, lugar sinistro, comumente visitado pelas pessoas e autoridades em busca de corpos de pessoas desaparecidas.
Próximo dali, trabalhadores comuns ouvem tiros de pistola e seguem, curiosos, até o local. Deparam-se com um corpo desfigurado por dois tiros. No bolso da casaca do irreconhecível, uma carteira e dentro dela uma carta solicitando poupassem sua esposa e amigos participassem do horrível espetáculo, enterrando imediatamente o corpo contando com os recursos na carteira.
Mas o Sr. Almeida, que secretamente seguira Jorge até ao beco, vê o corpo e lamenta a tragédia.
A verdade é que Jorge não se suicidara. Voltaria alguns anos depois de uma viagem para os Estados Unidos, apresentando-se no Brasil, como um negociante e uma nova identidade: Carlos.
Assim que chega ao Brasil, Carlos surpreende-se ao encontrar Carolina, agora conhecida como a “Viuvinha”, ainda de luto em sua memória. Observa-a discretamente, e pouco tempo depois, procura por seu Almeida para confessar sua verdadeira identidade e a intenção de pagar suas antigas dívidas, honrando assim o seu nome e o de seu pai.
Enquanto salda as sua dívidas, permanece a observar a sua Carolina, incógnito. Corteja-a e é rejeitado. Finalmente decide escrever-lhe uma carta, solicitando um encontro.
Carolina entra em conflito. Não quer trair a memória de seu finado esposo, mas depois de heróica resistência, concede a Carlos o encontro só para recusá-lo em nome de seu amor a Jorge.
Mas Carlos é insistente, deseja-a e faz-lhe juras, contudo, sem revelar sua identidade. Carolina sente-se envolvida por ele, mas rejeita-o em favor da memória do marido a quem não esquece e ama. Vencido, sem resistir à paixão que lhe toca à alma, Carlos conta à Carolina toda a verdade que queria impedir.
Abraça-a, beija-a e celebram o amor em sua primeira noite de núpcias.
É, no entanto, necessário dar notícia à Dona Maria, mãe de Carolina, mas ela iria acreditar que Carlos era mesmo Jorge? O Sr. Almeida, homem respeitável, resolveu contar-lhe toda a verdade, mas embora a sua flagrante sinceridade, a mãe de Carolina não pôde acreditar, até que Carolina chama-a do quarto e ao seguir por um corredor, Maria vê, com indizível espanto, sua filha de braços dados com Jorge. Dona Maria desfalece.
Assim, restabelecida a verdade, Jorge e Carolina vão viver numa fazenda nos arredores da cidade, longe da curiosidade inoportuna e indiscreta das pessoas, onde permanece Dona Carolina, já bastante idosa. O senhor Almeida, já idoso e desejoso de tranqüilidade, parte para a Europa, aonde irá conferir em testamento, todos os seus bens aos filhos do casal.
Explicação:
espero ter lhe ajudado :)