• Matéria: História
  • Autor: ana89065
  • Perguntado 6 anos atrás

No Egito antigo que grupo social era responsável pelo trabalho, nos campos e nas obras públicas e explique a função desse grupo na sociedade egípcia.

Respostas

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Explicação:

A civilização egípcia se desenvolveu no nordeste da África, em uma região conhecida como Crescente Fértil. Formada por diversos povos, entre eles os hamíticos, os semitas e os núbios, a civilização teve seu crescimento fortemente ligado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Com a sedentarização dos seres humanos, eles passaram a se organizar em núcleos para desenvolver atividades produtivas. A atividade agrícola passou a fazer parte do cotidiano do homem. Houve a domesticação do animais, a invenção dos primeiros arados e a construção de canais de irrigação.

Com o tempo, as formas de poder foram estruturadas, as hierarquias foram estabelecidas e as primeiras comunidades humanas foram se formando. Nesse contexto, surgiu a civilização egípcia, uma das mais antigas do mundo, que se destacou pela forma de organização de um Estado forte, capaz de comandar milhares de pessoas. Os egípcios ocuparam um território que fazia fronteiras com o Mar Mediterrâneo, ao norte; com o Deserto da Líbia, a oeste; com o Deserto Oriental Africano, a leste; e com a primeira catarata do Nilo, ao sul.

Sociedade egípcia

Com uma estrutura social bastante rígida, a sociedade egípcia era organizada com base em critérios religiosos e econômicos. O modelo de organização tinha como objetivo trabalhar em função das necessidades do Estado, personificado no faraó. O topo da camada hierárquica era ocupado pelo faraó, que para além da função chefe de Estado, tinha status de divindade e era considerado a encarnação do deus Hórus.

Na posição intermediária estavam as camadas privilegiadas que faziam parte do Estado: os sacerdotes, que tinham a incumbência organizar os cultos e festividades religiosas; nobres, oficiais militares e altos funcionários, que ficavam responsáveis pela administração e arrecadação; e os escribas, responsáveis pela escrita e contabilidade do reino e por fiscalizar as obras coletivas.

A base da estrutura social era formada por: soldados, que tinha a responsabilidade de garantir a hegemonia do poder faraônico através das armas; camponeses e artesãos, responsáveis pelas colheitas e organização das obras públicas; e por fim, os escravos, que eram capturados em guerras e, geralmente, que trabalhavam em troca de água e comida.

Ciências na civilização egípcia

A civilização egípcia desenvolveu conhecimentos nas áreas de matemática e astronomia. Entre os conhecimentos mais utilizados pelos egípcios estavam: raiz quadrada, frações, cálculos da área do círculo e do trapézio. Esses conhecimentos foram fundamentais para prever as cheias do Nilo, dividir as terras, bem como para calcular os impostos e as construções hidráulicas.

Eles desenvolveram também conhecimentos na área de anatomia humana que foram fundamentais para feitos na medicina como realização de cirurgias, o tratamento de doenças do estômago, do coração e de fraturas. Os estudos do campo da anatomia foram favorecidos graças às práticas de mumificação, utilizada pela civilização egípcia. Os egípcios também desenvolveram os seguintes sistemas de escrita: 

• Hieroglífica – escrita sagrada, utilizada nos túmulos e templos; 

• Hierática – uma versão simplificada da escrita hieroglífica; 

• Demótica – escrita popular, utilizada pelos escribas.

História da civilização egípcia

Os primeiros núcleos da civilização egípcia formaram os nomos que se dividiram em dois reinos: Baixo Egito e Alto Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Nilo, Menés, conquistou o Baixo Egito e unificou os dois reinos.

Com a unificação dos reinos, Menés se tornou o primeiro faraó egípcio, dando início ao período dinástico, que se dividiu em Antigo Império, Médio Império e Novo Império. No antigo Egito, além de o faraó cumprir a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sacerdote, ele representava a encarnação dos próprios deuses.

A história do Egito Antigo foi marcada por crises e conflitos. Ao longo desses três períodos, a civilização egípcia teve seu auge, porém viu o seu declínio a partir do século VII a.C., quando o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor.

Antigo Império

O Antigo Império teve início quando Menés se tornou o primeiro faraó. Entre 3200 a.C. e 2300 a.C, ele estabeleceu a supremacia sobre os 42 nomos e implantou a capital em Tínis, no Alto Egito. Nesse período, os faraós governavam com poder absoluto. Eles eram considerados deuses vivos, detinham poder sobre todas as pessoas e eram donos de todas as terras.

O período foi marcado pelo apogeu da civilização egípcia, na qual realizaram expedições para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho. Além disso, fundaram acampamentos estratégicos e uma frota marítima, adquirindo ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e eletro.

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