A caneta e o papel (Apólogo)
Certo dia uma caneta começou a suspirar por todos os cantos:
- Que dia chato!Não tenho o que fazer.
- Ei! Por que você não escreve em mim?
- Quem disse isso? - perguntou a caneta para a voz que escutara.
- Eu, o papel.
- Hahahaha!Papel não fala!
- Muito menos uma caneta.
- Claro que falo. É por mim que as pessoas falam. Me usam para escrever, expressar idéias, sonhos, sentimentos. Sou bem mais importante que você.
- Acho que não. É em mim que as pessoas fazem tudo isso que você disse.Além do mais, sirvo para dobraduras, envelope, higiênico...
- Que nojo!
- Nojo nada. Você consegue imaginar o mundo sem papel higiênico?Então acho que em grau de importância estamos empatados.
- Pode até ser.
- Credo como você é teimosa.Por que não aceita que somos iguais.
- Somos iguais sim. Ambos fomos deixados de lado! Agora com essa tal de internet, as pessoas nem nos usam mais. Ficam horas e horas teclando, teclando... Mal lembram de mim ou de você.
- Pois é, por isso eu disse para você escrever em mim. Me sinto sozinho também.
- Acho que não sou nem pior, nem melhor que você.Sou tão vítima da informatização quanto você, a borracha, o lápis...
- Sabe que eu estive pensando?Eu ainda posso ser utilizado nas impressões.E você?
- Ah...sirvo pelo menos para anotar recados e ficar ao lado dos telefones. Ou nem isso porque quase ninguem deixa caneta ao lado do telefone.
Dito isso a caneta se esvaiu em tinta e manchou todo o papel inutilizando-o. Uma caneta sem carga, e um papel manchado, não servem pra nada.
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eu também tô precisando
jdepaula15185:
esse eu criei
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Resposta:
A
Explicação:
É um texto no qual os objetos são personificações de valores e comportamentos humanos.
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