• Matéria: História
  • Autor: lealrafael257
  • Perguntado 6 anos atrás

texto falando sobre a diferença das famílias​

Respostas

respondido por: NarutoUzumakigordo
0

Resposta: A B C

Explicação: Do período colonial até o fim do século 19, havia igualmente altas taxas de natalidade e mortalidade: um percentual muito grande de bebês não sobrevivia ao primeiro ano de vida. Ter muitos filhos, portanto, nem sempre era sinônimo de família numerosa. Havia ainda métodos contraceptivos - tomar chás abortivos, estender a duração do aleitamento materno e aderir ao coito interrompido (motivo de reprimendas no confessionário).

As famílias eram mais numerosas nas áreas rurais. Filhos eram sinônimo de mais braços nas lavouras - uma idéia que se estendeu até as grandes migrações para a cidade, nos anos 1930 e 1980.

Com os investimentos na educação formal e a urbanização, as famílias começam a encolher - especialmente nas áreas urbanas. É a chamada PRIMEIRA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA. Caem as taxas de natalidade e de mortalidade - fenômeno que se desenrola ao longo do século 19 na Europa, e apenas no início do século 20 no Brasil.

Em uma sociedade patriarcal e predominantemente cristã, o nascimento dos filhos era, até então, visto como a razão maior do casamento. Esse conceito passa a sofrer questionamentos. A partir dos anos 1920, textos feministas pedem direito ao aborto. Começa a se discutir o desejo de não ter filhos.

Nos anos 1960, as brasileiras têm em média seis filhos. É o período em que a pílula anticoncepcional dá a opção de escolher com mais segurança quando e quantos filhos ter.

A partir da década de 1980, com a entrada em grande escala das mulheres no mercado de trabalho, surge uma maior diversificação dos arranjos familiares. É a SEGUNDA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA. Além de delimitar o número de filhos, os casais também passam a postergar a hora de tê-los. Muitas mulheres, quando percebem, estão passando da idade recomendada para engravidar.

Ao longo do século 20, cai a taxa de fecundidade (número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil) no mundo. Passa de seis filhos por mulher (1900) para 2,8 (2000). Entre as brasileiras, a taxa é de dois filhos por mulher, de acordo com a PNAD de 2006 do IBGE. Esses baixos índices colocam o Brasil no patamar da Segunda Transição Demográfica, conforme observado na Europa.

Hoje já se verifica em muitos países o que seria a TERCEIRA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA - a não-fecundidade. Na virada do século 21, cresce o número de casais sem filhos. Já somam 15,75% do total de domicílios no Brasil. Com a queda de natalidade e o envelhecimento da população, alguns países desenvolvidos começam a incentivar o nascimento. Na Alemanha, país em que uma em cada três mulheres não tem filhos, o governo paga um bônus mensal para cada criança.

Paralelamente à queda da natalidade, os recasamentos mantêm as famílias numerosas com acréscimo de meio-irmãos, filhos e pais de padrastos e madrastas. A casa continua cheia.

Perguntas similares