Respostas
Resposta: o aumento do desmatamento e das queimadas acendeu um sinal vermelho para a Amazônia em 2019. De janeiro a julho, a derrubada de árvores foi 62,7% maior do que no mesmo período de 2018. Já os focos de incêndio cresceram 70% em comparação com o ano anterior. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Explicação:Apoie movimentos a favor da Amazônia, seja participando como voluntário, doando recursos, assinando petições, participando de manifestações e dando voz aos movimentos.
Procure iniciativas que contribuam para a conservação e restauração e fortalecimento dos povos da Amazônia, como algumas de nossas organizações parceiras:
Projeto Saúde Alegria: criado em 1987, atua na Amazônia com o objetivo de promover e apoiar o desenvolvimento comunitário sustentável.
Instituto Socioambiental (ISA): fundada em 1994, é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, que tem como objetivo propor soluções para questões sociais e ambientais na Amazônia.
Amazonia Live: iniciativa criada pela organização do Rock in Rio com objetivo de plantar árvores em áreas desmatadas da Amazônia.
2. Valorize as pessoas da Amazônia
As áreas florestais melhor conservadas são habitadas por comunidades indígenas e locais. Esses grupos protegem 80% da biodiversidade do mundo. Nos locais onde vivem, estão 70% dos produtos que poderiam garantir a segurança alimentar da população mundial e 33% das florestas do planeta. Os dados são da Coalizão Guardiões da Floresta.
A iniciativa dá voz a essas comunidades e, neste ano, quer incentivar indivíduos do mundo todo a agradecerem o papel que elas exercem na conservação das florestas. Quer participar? Faça um post com uma foto sua no Instagram contando o porquê você se sente agradecido e publique com a hashtag #GuardiõesdaFloresta. As fotos postadas até 10 de setembro serão projetadas em Nova York durante a Semana do Clima, quando os chefes de estado se reunirão para discutir soluções para a crise climática.
3. Consuma de forma consciente
Essa dica vale para vários aspectos do nosso cotidiano. Na alimentação, você pode reduzir o consumo de carne. A pressão da produção de gado e grãos em algumas regiões da Amazônia segue como uma das principais causas de desmatamento. Nós, da Natura, aderimos ao movimento Segunda Sem Carne. Toda segunda-feira, nos refeitórios de nossos prédios, em vez de carne vermelha, temos opções de pratos com proteína vegetal.
Quando compra produtos fabricados com madeira, você sabe de onde veio a matéria-prima utilizada para construí-lo? Garanta que não é proveniente de desmatamento ilegal. Por isso, fique ligado em selos e certificados que atestam a origem do que você está consumindo.
Outra atitude é não comprar animais silvestres. Além de ser crime ambiental e um problema sério na Amazônia, o tráfico é responsável pela extinção de espécies e, consequentemente, pelo desequilíbrio da biodiversidade.
Mas, calma, o caminho da conservação não é deixar de consumir itens que venham da Amazônia. Pelo contrário: ao comprar produtos sustentáveis vindos da região, você valoriza o trabalho de quem vive e luta para manter a floresta em pé. Por isso, mais uma vez, é importante ficar de olho em selos que atestem como o item foi produzido. Um exemplo é a certificação internacional União para o BioComércio Ético (UEBT) dos produtos Ekos ou o selo Origens Brasil.
4. Informe-se e fale sobre a Amazônia
Não é porque a Amazônia está longe de algumas regiões do país que não faz parte da nossa vida. As florestas, em geral, absorvem por ano cerca de 2 bilhões de toneladas de gás carbônico. Um dos efeitos do desmatamento é o aumento da presença de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. Isso pode implicar em cidades mais quentes, prejudicar a produção agrícola ou mesmo produzir cortinas de fumaça em várias cidades como vimos em Roraima, São Paulo e Bogotá recentemente, como um dos efeitos das queimadas.
Há um papel adicional: o de exportadora de chuvas para toda a América Latina e o restante do planeta.
Na hora de se informar sobre a região, procure fontes confiáveis como dados oficiais do Inpe e matérias que citem especialistas de referência no tema como o climatologista e pesquisador Carlos Nobre; o engenheiro florestal Tasso Azevedo; o engenheiro agrônomo Beto Veríssimo, e Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental.