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A Cabalá é um conjunto de ensinamentos, comumente sendo referidos como esotéricos feitos para explicar a relação entre o imutável, eterno e misterioso Ein Sof (sem limites) ou Ain (Nada) esse termo Ain usado no sentido de não haver possibilidade de compreensão da Sua origem ou Sua essência (Atzmut ou Atzmus) que para os judeus é visto como O oculto ou O proibido, e a única percepção que temos é através dos nossos sentidos em relação a Sua vontade (O outorgamento) e o universo mortal e finito (Sua criação ou O desejo de receber). Embora seja muito usado por algumas denominações, não é um sistema religioso em si. Cabalá é o Yesod (fundamento) das interpretações religiosas e místicas. A Cabalá procura através de seus métodos de estudo sobre o mundo espiritual (retirar o véu que nos prende nos 5 sentidos básico de compreensão da realidade) alcançar a raiz de toda causa e efeito na nossa realidade, a natureza do universo e do ser humano, a razão e o propósito da Criação, e de diversas outras questões ontológicas em um degrau (nível) acima do nível Material no nível Espiritual. Apresentando métodos para auxiliar na compreensão desses conceitos e assim conseguindo atingir a realização espiritual do Ser Humano que, na visão de um dos maiores Cabalistas da nossa era, Baal HaSulam (veja abaixo), só é possível em um nível Social, apesar de ter seu início na intenção de cada indivíduo.
A cabalá originalmente se desenvolveu dentro do domínio do pensamento judaico, e cabalistas judeus usam fontes judaicas clássicas para explicar e demonstrar os seus ensinamentos esotéricos. Esses ensinamentos (Hokmá ha-Kabbalah - Sabedoria da Cabalá) são mantidos pelos seguidores do judaísmo para definir o significado interno, tanto da Bíblia hebraica e da literatura rabínica tradicional e sua dimensão transmitida anteriormente escondida, bem como de explicar o significado das observâncias religiosas judaicas.[4]
Os cabalistas tradicionais acreditam que sua origem venha da forma antiga de misticismo judaico, a saber a literatura Heichalot e Merkavá (ספרות ההיכלות והמרכבה) embora essa tradição seja realmente antiga a sua forma escrita foi vista a partir do século VI ou VII.[5][6][7][8] Historicamente, a cabalá surgiu, depois dessas formas anteriores de misticismo judaico, nos séculos XII e XIII, no Sul da França e da Espanha (Provence - Languedoc - Catalunha e outras regiões),[2] tendo como obra principal de estudo o Sêfer Yetzirá, tornando-se reinterpretadas no renascimento místico judeu da Palestina otomana,[2] no século XVI, período esse conhecido como pós-zohar em especial na comunidade galileia de Safed, que incluía Yosef Karo , Moshé Alshich , Cordovero, Luria e outros, Foi popularizado na forma de judaísmo hassídico do século XVIII em diante.[2] O interesse do século XX pela cabalá tem gerado muitas controvérsias no meio judaico, enquanto os ortodoxos acreditam que o ensinamento dessa Sabedoria deve ser restrito a alguns poucos selecionados, outros como Baal HaSulam e seus seguidores acreditam que no atual estado em que se encontra esse Mundo é crucial a disseminação da Cabalá para todos. Durante o século XX, o interesse acadêmico pelos textos cabalísticos liderados principalmente pelo historiador judeu Gershom Scholem inspirou o desenvolvimento de pesquisas históricas sobre a Cabala no campo dos estudos judaicos.[