• Matéria: História
  • Autor: pedrinhofuti
  • Perguntado 6 anos atrás

1) Por que o teatro de Gil Vicente tornou-se célebre? a) Porque não retrata a sociedade portuguesa do século XVI. b) Porque não usa o humor para analisar a sua época. c) Porque seus personagens não representam defeitos e virtudes. d) Porque não denuncia os exploradores do povo. e) Porque não faz distinção entre classes sociais.

Respostas

respondido por: annekarollyne1511
0

Resposta:

Espero ter ajudado

Explicação:

Pode-se dizer que, em boa parte, o teatrólogo e ator português Gil Vicente é fruto de uma época. Criou o que se convencionou chamar de teatro vicentino, caracterizado pelo poder da sátira. Sua biografia repleta de incertezas se dá aproximadamente entre 1465 e 1536, no contexto do que se convencionou chamar de Humanismo português.

É um período iniciado em 1418, quando D. Duarte nomeia Fernão Lopes como guardador da Torre do Tombo, o arquivo central do Estado Português desde a Idade Média, e termina quando Sá de Miranda retorna da Itália, em 1527, trazendo para Portugal a cultura clássica.

O Humanismo é um período de transição entre o fim da Idade Média e a Idade Moderna. Caracteriza-se pelo crescimento das cidades e o enfraquecimento do feudalismo. Com a perda de poder dos senhores de terras, os reis se aliam aos burgueses, principalmente comerciantes, passando a dividir com a Igreja o poder político.

Uma consequência direta, na área cultural é a criação de bibliotecas fora dos conventos. Os direitos ligados à individualidade também são valorizados. Começa a se abandonar o teocentrismo em busca de valores relacionados às próprias possibilidades de desenvolvimento, mas sem abandonar totalmente o temor a Deus.

Gil Vicente cresce nesse universo. Escreveu autos, comédias e farsas, em castelhano e em português. São conhecidas 44 peças, 17 em português, 11 em castelhano e 16 bilíngues. Destacam-se dois gêneros:

a) os autos, com a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé cristã; e

b) as farsas, peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas personagens, extraídas do cotidiano.

Ambos são plenos de críticas à sociedade.

Entre os autos, a Trilogia das Barcas ("Barca do Inferno", 1517; "Barca do Purgatório", 1518; e "Barca da Glória", 1519) reúne peças de moralidade, que constituem uma alegoria dos vícios humanos; e o "Auto da Alma", de 1518, encena a transitoriedade do homem na vida terrena e os seus conflitos entre o bem e o mal. As farsas, como "Quem Tem Farelos?", 1515; "Mofina Mendes", 1515, e "A Farsa de Inês Pereira", 1523, realizam quadros populares de força moral e simbólica, num tom cômico mais contundente.

Perguntas similares