Leia o poema de Manuel Bandeira (1886-1968) para responder à(s) questão(ões) a seguir. Poema só para Jaime Ovalle1 Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manhã já estivesse avançada). Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei, Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando... – Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei. (Estrela da vida inteira, 1993.) 1 Jaime Ovalle (1894-1955): compositor e instrumentista. Aproximou-se do meio intelectual carioca e se tornou amigo íntimo de Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Sérgio Buarque de Hollanda e Manuel Bandeira. Sua música mais famosa é “Azulão”, em parceria com o poeta Manuel Bandeira. (Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira) 2. (Unesp 2016) No poema, Bandeira explora uma espécie de contraste entre os tempos verbais “pretérito perfeito” e “pretérito imperfeito”. Dos pontos de vista sintático e semântico, que padrão pode ser percebido no emprego desses dois tempos verbais?
Respostas
Resposta:
Os verbos no pretérito perfeito, transitivos diretos (“levantei”, “bebi”,
“preparei”, “deitei”, “acendi”...), são relacionados ao sujeito “eu“ com a intenção de demonstrar a introspectividade do eu lírico, seu mundo
interior; por outro lado, os verbos no pretérito imperfeito, intransitivos (“fazia”, “chovia”), geralmente fazem referencia ao mundo exterior.
Explica
O padrão que pode ser percebido no emprego dos tempos verbais, dos pontos de vista sintático e semântico, é o de que os verbos transitivos diretos que estão no pretérito perfeito (ex: “levantei”, “bebi”, “preparei”, “deitei” e “acendi”) se relacionam com o sujeito "eu" e apresentam a intenção de demonstrar a introspecção do eu lírico.
Já os verbos que se encontram no pretérito imperfeito, e que são intransitivos (ex: “fazia”, “chovia”) fazem referência a elementos que se encontra no exterior do eu lírico.
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