Procurem matérias que tratem da homofobia, como denúncias de agressões, relatos pessoais, reflexões, críticas etc. Selecionem pelo menos três textos que expressem aa experiências das pessoas em relação a esse tema, dentro ou fora da escola.
Respostas
Resposta:
Um corpo bem estabelecido de pesquisas documenta a violência, assédio e falta de segurança na escola para estudantes LGBT (Russell, 2011), sendo que, frequentemente, esses estudantes experienciam situações de bullying (Berlan, Corliss, Field, Goodman, & Austin, 2010; Birkett, Espelage, & Koenig, 2009; Espelage et al., 2012; Williams et al., 2003).
Berlan et al. (2010) realizaram uma pesquisa com 7.559 jovens norte americanos de 14 a 22 anos para examinar o relacionamento entre orientação sexual e vitimização por bullying e encontraram que, comparados aos heterossexuais, os jovens homossexuais tinham maior probabilidade de relatar ter sofrido bullying. No estudo de Birkett et al. (2009) com 7.376 estudantes norte americanos, com o objetivo de examinar como os fatores contextuais da escola, tais como a vitimização homofóbica e o clima escolar negativo, impactam o bem estar de jovens lésbicas, gays ou bissexuais (LGB) no Ensino Médio, os autores encontraram que os estudantes LGB tinham maior probabilidade de relatarem altos níveis de bullying homofóbico e impactos negativos, como uso de drogas, depressão e ideias suicidas. Rivers (2004) realizou um estudo retrospectivo em que pesquisou a vivência de bullying homofóbico numa amostra de 119 jovens ingleses e obteve como resultado principal que todos relataram ter sido vitimizados, sendo que a idade média para início do bullying foi 10,5 anos e o tempo médio de duração do evento foi cinco anos.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2010) realizou um estudo sobre diversidade na escola em 500 escolas públicas de todo o Brasil, contando com uma amostra final de questionários respondidos por 501 diretores, 1.005 professores, 1.004 funcionários, 15.087 alunos e 1.002 pais/mães de alunos. A análise dos resultados da pesquisa revelou que os seus diversos públicos-alvo (diretores, professores, funcionários, alunos e pais / mães) apresentam atitudes, crenças e valores que indicam que o preconceito é uma realidade nas escolas públicas brasileiras nas sete áreas temáticas de discriminação pesquisadas (étnico-racial, deficiência, gênero, geracional, socioeconômica, territorial e identidade de gênero), sendo que 72% da amostra apresentou atitude discriminatória contra homossexuais. Dentre os resultados, constatou-se que 17% relatou ter conhecimento de que alunos homossexuais foram humilhados, agredidos ou acusados injustamente pela orientação sexual e 40% dos diretores presenciaram ou souberam de situações de alunos serem humilhados por serem homossexuais.
Venturi e Bokany (2011) realizaram um levantamento chamado "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil", no qual 2014 pessoas adultas de idades a partir de 16 anos, de 150 municípios (pequenos, médios e grandes) nas cinco regiões brasileiras responderem a um questionário. Os pesquisadores perceberam incoerências no discurso dos entrevistados, como por exemplo, perguntados sobre se existia preconceito contra homossexuais no Brasil, 92% afirmaram que sim, mas apenas 26% afirmaram ser preconceituoso contra gays e 27% contra lésbicas. Desses, 54% indicou apresentar preconceito leve; 39% preconceito mediano e 6% forte preconceito, sendo que apenas 1% relatou não apresentar qualquer preconceito de natureza homofóbica. Comportamentos homofóbicos foram aferidos em uma a cada cinco mulheres e um a cada três homens, sendo que as taxas eram maiores com a diminuição da renda e o aumento da idade (embora muito altas no extremo mais jovem, sobretudo entre adolescentes de 16 e 17 anos). Por exemplo, 7% afirmou que expulsaria o(a) filho(a) de casa se soubesse que esse(a) era gay ou lésbica. Esses pesquisadores também entrevistaram 413 homossexuais e bissexuais em 18 municípios das cinco regiões brasileiras e obtiveram resultados que apontam altos índices de preconceito: uma grande parte afirmou que se sentiu discriminado devido à orientação sexual e o agente discriminador em 27% dos casos eram colegas da escola e para 7% eram professores; 13% relatou discriminação ao entrar em uma nova escola. As formas de violência homofóbica mais frequentes foram: 52% já sofrera violência; 42% foram tratados com ironia ou gozação; e 10% foi ameaçado ou aterrorizado (Venturi & Bokany, 2011).
Uma possibilidade é pesquisar por meio das plataformas digitais com temas já pré-selecionados para levarem a sua busca à textos selecionados. Nesse sentido, pode-se elencar os temas:
- Homofobia no Brasil
- O que é homofobia?
- Como evitar a homofobia?
O que é homofobia?
É considerado o ato de repulsão ou aversão às pessoas homossexuais. A homofobia é também um preconceito e, por isso, deve ser problematizada, pois ações homofóbicas são prejudiciais aos direitos humanos. Muitos movimentos sociais são contra a homofobia.
Pode-se citar o caso do sem-terra gay que foi assassinado no assentamento na Paraíba, para mais, há também o relato de Luiz Eduardo Daibert Féo Magdalena um homem trans de 19 anos que foi agredido quando estava beijando a sua namorada. É possível buscar também denúncias, reflexões e críticas por plataformas de busca na internet.
Continue estudando sobre homofobia em: https://brainly.com.br/tarefa/6692913
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